A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, voltou a defender o aumento das pensões em 2017, sustentando que a recuperação de rendimentos tem de abranger “todas as gerações”.
“A recuperação de rendimentos, ou chega a todas as gerações, ou verdadeiramente não é uma recuperação de rendimentos”, assinalou a bloquista, que falava no jardim do Torel, em Lisboa, numa iniciativa do partido para assinalar o 05 de Outubro.
A atualização de pensões, frisou Catarina Martins, representa “mesmo uma atualização de pensões”: o partido defende “que nenhuma pensão possa perder poder de compra face à inflação”.
Para a coordenadora do BE, um aumento indexado à inflação representará, nalgumas pensões, aumentos de “cêntimos”, o que é abaixo do necessário para “recuperar o poder de compra que foi perdido” nos últimos anos.
“Será uma medida muito cara? A direita já provocou que caro fica a austeridade, em que se destrói poder de compra, economia, emprego, capacidade de produção nacional”, assinalou.
O Bloco mantém o desígnio nas negociações com o Governo para que possa existir um aumento de 10 euros nas negociações mais baixas, acrescentou.
Sobre o atual momento político, um ano volvido após as eleições legislativas e 10 meses após a chegada do Governo do PS ao poder, Catarina Martins disse reconhecer as “conquistas”, mas admitiu que há “enormes dificuldades” na aplicação de várias medidas.
A bloquista falou perante dezenas de apoiantes, militantes e alguns deputados, e reclamou uma “atuação real, eficaz, já, sobre o emprego” e contra a precarização laboral.
“Há duas matérias essenciais que não há razão nenhuma para avançarem já: que o avanço no combate aos recibos verdes seja estendido a outros abusos, como falsos estágios ou falsas bolsas, e o limitar do trabalho temporário”, frisou.