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"Mãe, o Donald Trump ganhou". A reação dos americanos na Web Summit

Este artigo tem mais de 5 anos

A Web Summit não escapou ao tema quente do dia. O Observador passou pelos stands de algumas startups norte-americanas, para saber o que acham os americanos da eleição de Trump.

São várias as startups norte-americanas presentes na Web Summit, mas algumas não quiseram falar sobre as eleições
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São várias as startups norte-americanas presentes na Web Summit, mas algumas não quiseram falar sobre as eleições

HUGO AMARAL/OBSERVADOR

São várias as startups norte-americanas presentes na Web Summit, mas algumas não quiseram falar sobre as eleições

HUGO AMARAL/OBSERVADOR

O mundo acordou esta manhã com a notícia de que Donald Trump vai ser o próximo ocupante da Casa Branca, e a Web Summit, em Lisboa, também. A eleição de Trump foi um tema quente nas conferências no palco central e, nos stands de exibição das startups, os empresários também não passaram ao lado da notícia do dia. O Observador falou com três empreendedores dos Estados Unidos para saber o que pensam sobre o novo presidente. Há de tudo: quem esteja contente, quem não saiba o que pensar e quem ainda não consiga acreditar.

Germain Brion: “Trump foi surpreendentemente calmo”

No stand da Chargebee, uma startup com sede em Walnut, na Califórnia, o responsável pelo departamento de vendas e parcerias, Germain Brion, não esconde que não dormiu a noite toda. Germain estava à espera de saber o resultado ainda cedo, visto que as sondagens apontavam para uma vitória confortável de Hillary Clinton. “À medida que a noite avançou, percebi que não ia conseguir dormir, já que os resultados só chegaram muito cedo, esta manhã, na hora de Lisboa”, recorda ao Observador.

“Penso que foi uma surpresa para toda a gente”, continua. Mas a grande lição a tirar, “e já tínhamos visto isto com o Brexit, é que já não podemos levar as sondagens a sério. Os dados das sondagens não refletem a opinião pública”, explica o empresário norte-americano. Apesar de se posicionar do lado de Hillary Clinton, Germain sublinha que “o discurso de Trump foi surpreendentemente calmo”, e que “o que ele disse sobre Hillary foi muito conciliador”.

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Para o futuro, Germain mantém a esperança. “Temos de nos manter vigilantes. É compreensível que todo o mundo esteja um pouco surpreendido, é muito pouco convencional”, assume. No entanto, o empresário aponta uma ideia a ter em conta: “De um modo geral, as coisas raramente são tão boas como esperamos, mas raramente são, também, tão más como tememos”. Para garantir a segurança do país, Germain garante que tem “muita esperança nas instituições, no sistema americano, que sejam capazes de nos manter, nos próximos 4 anos, numa situação em que evitemos o pior”.

Julieta Kleven: «Mãe, o Donald Trump ganhou»

No stand da Creative27, que vai lançar a app District27 em dezembro, a designer de moda Julieta Kleven (de ascendência moldava, residente em Los Angeles), confessa tenta manter-se “longe da política”. Mas recorda o momento em que soube o resultado das eleições desta terça-feira. “A minha filha ligou-me e disse: «mãe, o Donald Trump ganhou». Fiquei surpreendida, em silêncio, mas depois disse-lhe: «Ok, nós também conseguimos [fazer o país avançar] com o Donald Trump»”.

A verdade, reconhece Julieta, é que ninguém estava à espera deste resultado. “Como vimos a eleição e toda a campanha ao longo dos últimos anos, ficámos surpreendidos com os resultados“, admite. À sua volta, os outros representantes da District27 riem, enquanto admitem que eleger Trump talvez não tenha sido boa ideia. “O meu amigo aqui, na verdade, ficou um bocado chocado, e até disse «estou assustado». Mas, de qualquer forma, a política é divertida, tal como a vida é divertida”, remata Julieta. E mantém-se assim. Longe da política.

Fred Miller: “Donald Trump vai ser um grande presidente”

Quem não está nada preocupado nem surpreendido é Fred Miller, um dos responsáveis pela Talent Joe Enterprises, uma startup que junta novos talentos a oportunidades de contrato com grandes editoras. “A eleição foi ótima. Já tínhamos os republicanos a controlar a Câmara dos Representantes e o Senado, e agora temos um presidente republicano, unindo os três ramos do governo”, conta Fred Miller ao Observador.

Para o empresário, natural da Virginia, a presença do Partido Republicano na presidência dos Estados Unidos representa a união do país. “Agora, temos alguma unidade no nosso sistema governamental, e não temos mais divisões entre democratas e republicanos”, destaca. Miller, um republicano convicto, acredita que a América tomou mesmo a melhor opção. “Donald Trump está a unir a América”, conclui. “Donald Trump vai ser um grande presidente”.

“Stand the f*ck up”, gritou-se no palco principal

As conferências no palco principal também foram marcadas pelo fenómeno ‘Presidente Trump’. O momento mais emocionante foi logo de manhã, quando Dave McClure, o líder da incubadora 500 Startups, não poupou nas asneiras, se levantou e incentivou a plateia que enchia o MEO Arena a gritar contra Trump. “Stand the f*ck up“, gritou, como ficou registado neste vídeo do Observador.

Antes, houve um painel inteiramente dedicado à ressaca das eleições. O jornalista britânico Owen Jones, do The Guardian, sublinhou que “há dois EUA. Há os EUA das sufragistas, da luta pelos direitos humanos, de Martin Luther King. E há os EUA misóginos, de Donald Trump. Mas Trump não são os Estados Unidos”. Na mesma linha seguiu o empresário norte-americano Bradley Tusk, que confessou sentir-se “envergonhado por estar no meio dos europeus com isto a acontecer” nos Estados Unidos. O painel contou com a presença da atriz norte-americana Shailene Woodley, que considerou que “as redes sociais foram a grande vantagem de Trump”, que “esteve sempre na imprensa”.

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