Donald Trump já convidou o republicano Mike Pompeo para diretor da CIA, uma das mais importantes agências de informação e segurança dos Estados Unidos. A informação está a ser avançada pelo Washington Post que cita fontes próximas da equipa de transição. De acordo com as mesmas fontes, Pompeu aceitou o cargo onde irá suceder a James Clapper que apresentou na quinta-feira a sua carta de demissão.
Pompeo, de 52 anos, foi eleito para o congresso pelo estado do Kansas e está associado ao Tea Party, um movimento conservador dentro do Partido Republicano. A sua entrada para o congresso em 2010 representou a primeira leva de legisladores oriundos do Tea Party. Formado na academia militar de West Point e na Universidade de Direito de Harvard, é membro da comissão do congresso sobre serviços de informação. Foi nesta qualidade que participou na investigação aos incidentes que mataram vários americanos, incluindo o embaixador, em Benghazi, durante a revolta na Líbia em 2012. Este episódio marcou de forma negativa o mandato de Hillary Clinton como secretária de Estado de Obama.
O republicano foi um dos grandes atacantes de Hillary e é um aliado próximo do vice-presidente eleito, Mike Pence.
Apesar de ter sido escolhido para um dos cargos mais poderosos futura administração de Donald Trump, Pompeu começou por ser apoiante de Marco Rubio, o senador que disputou as primárias com o milionário. Em maio, o seu porta-voz tornou público um apoio pouco entusiasta ao candidato nomeado pelo Partido Republicano com o argumento de que Hillary Clinton não podia tornar-se presidente dos Estados Unidos.
Segundo avançam vários órgãos de informação americanos, Donald Trump terá ainda convidado o senador do Alabama, Jeff Sessions, para a pasta da Justiça (attorney general) da sua administração. O advogado foi um dos primeiros apoiantes de Trump e é um dos representantes da linha dura sobretudo em temas sensíveis da campanha, como o controlo da imigração e o comércio internacional.
De acordo com a Bloomberg, Trump terá telefonado ao senador Ted Cruz, o seu principal opositor nas primárias do Partido Republicano, a comunicar-lhe a escolha de Sessions para o cargo de procurador. Cruz terá chegado a ser considerado para esta posição.