A McLaren, pelas melhores e pelas piores razões, passou o teste do algodão: não engana. Em nada, mesmo. E apesar de ter sido a grande deceção durante o período de testes da Fórmula 1, coloca tudo à vista de todos. Tudo incluindo a dieta diária dos seus pilotos – quase 3.000 calorias por dia (2.785), por forma a fazer face à vertente cada vez mais física que o desporto envolve.

Tentemos então perceber o menu do espanhol Fernando Alonso e do belga Stoffel Vandoorne. Ainda antes de almoço, são quase 850 calorias: 550 num pequeno-almoço matinal logo às 7h de cereais, sementes e fruta além de 400 mililitros de água e chá verde; 285 num reforçozinho matinal, por volta das 10h (depois do treino físico), entre água de coco, mais uns cereais, frutos secos e fruta. O almoço mete arroz integral, soja e verduras mas é rematado com chocolate negro com pelo menos 85% de cacau. Mais um treino e uma banana com sumo de maçã. Mais treino e jantar, às 18h30, com carne ou peixe grelhados com batatas e saladas e iogurte/frutas vermelhas. Por fim, e para não caírem na fraqueza, mais umas bolachinhas com doce ou queijo parmesão por volta das 21h (a hora a que muitos espanhóis jantam) antes do repouso, às 22h.

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Esta já não é a primeira vez que a McLaren anuncia a dieta dos seus pilotos, sendo que na altura de Lewis Hamilton as indicações eram bem menos “apetecíveis”. “Faço de tudo para ficar mais leve mas até no Natal a minha dieta é muito restrita. Com o café da manhã bebo um batido de proteínas mais umas tâmaras e passas. É realmente horrível”, assumiu o inglês em 2011, numa fase onde cortou quase por completo nos hidratos de carbono exceto nos testes de força.

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Também o calendário da McLaren até ao arranque do Campeonato, na Austrália, foi revelado pelo As. Entre outras curiosidades, os carros e demais materiais serão enviados no fim-de-semana; os pilotos começarão a fase final de treino no domingo com corrida e bicicleta; na quarta-feira, Alonso e Vandoorne estarão todo o dia em ações publicitárias; quinta-feira é o primeiro dia em que tudo se concentra na pista; sexta-feira começam os treinos livres, sendo que no sábado, após os treinos de qualificação, existirão mais ações de promoção na cidade.

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A McLaren é mesmo um livro aberto, até nas coisas que estão a correr menos bem neste início de temporada. E o diretor Éric Boullier não teve pejo em apontar o dedo à Honda, o principal parceiro no fornecimento de unidades motriz, piscando o olho à Mercedes. Ao ponto de, segundo o site Autosport, a escuderia ter feito um primeiro avanço junto da Mercedes no sentido de haver uma parceria, o que obrigaria à inevitável rescisão com os japoneses… que não estão a gostar nada da ideia e prometem que tudo vai mudar.