Mais um partido, mais uma indignação contra Jeroen Dijsselbloem, mais um voto de condenação pelas polémicas declarações, mais um pedido de demissão. Pelo CDS, Pedro Mota Soares, alinhou no que já outros partidos e o próprio Governo tinham pedido e vai apresentar no Parlamento um “voto que condene firmemente essas afirmações, que devem dar lugar à demissão imediata do presidente do Eurogrupo”. Que é também “o ministro das Finanças holandês e do Partido Socialista”, sublinhou o deputado.
“Não se pode gastar em mulheres e álcool e, depois, pedir ajuda”, diz presidente do Eurogrupo
O deputado do CDS disse que as declarações são inaceitáveis” e não aceita “o preconceito que o ministro das Finanças holandês do Partido Socialista tem para com os países do sul. É um preconceito de quem acha que os países do sul trabalham pouco. Portugal conseguiu em cerca de quatro anos reduzir de mais de 11% para menos de 3% o seu défice, o que significa que houve um trabalho muito profundo feito do ponto de vista interno”. Além disso, o CDS considerou ainda “sexistas” as declarações: “Ofendem profundamente as mulheres, os homens, os portugueses.
Até esta quarta-feira, e desde que a polémica estalou, três partidos — PS, Bloco de Esquerda e CDS — já apresentaram ou revelaram a intenção de fazer chegar ao plenário da Assembleia da República votos de condenação ou repúdio pelas declarações do ministro das Finanças holandês interino, que se mantém à frente do Eurogrupo. O PS exige mesmo um pedido de desculpas do Governo holandês que ainda se mantém em funções.