Às 14h40 da tarde de quarta-feira, Khalid Masood conduzia o carro onde seguia pela ponte de Westminster, perto do Parlamento britânico. O objetivo era atropelar o maior número de pessoas. O impacto foi tal que três dos feridos acabaram por não resistir aos ferimentos graves.
Um deles foi o norte-americano Kurt Cochran, de 54 anos. Nascido no Utah, Cochran estava em Londres com a mulher, Melissa. Festejavam o 25º aniversário de casamento e aproveitaram a viagem para visitar os pais de Melissa, missionários mórmones na cidade londrina.
O casal passeava pela ponte de Westminster, perto do Parlamento britânico e de outras atrações turísticas como o London Eye, quando foi surpreendido pelo carro conduzido por Masood. Cochran não sobreviveu aos ferimentos. Melissa acabou por ficar com uma perna e costela partidas e teve de receber tratamento hospitalar. Tinham o regresso marcado para esta quinta-feira.
Kurt Cochran
Outra das vítimas mortais deste atropelamento foi Aysha Frade, que trabalhava num colégio londrino onde dava aulas de espanhol. Galega, com 43 anos, filha de pai cipriota e mãe espanhola, Aysha era casada com um português de Braga. Na altura do ataque, estava simplesmente a sair do trabalho. Tinha duas filhas ainda crianças, de oito e 11 anos.
Aysha Frade e o marido, um português de Braga
Depois de ter investido contra várias pessoas, deixando pelo menos 40 pessoas feridas, Khalid Masood acabaria por se despistar e embater contra os portões laterais do Parlamento. Vestido de preto, na posse de uma faca, Masood passou as portas que dão acesso ao pátio à frente do Parlamento e atacou um polícia que o abordou. Era Keith Palmer.
Há 15 anos nas forças de segurança, Palmer, de 48 anos, era membro do comando de proteção do Parlamento britânico da Scotland Yard. Estava desarmado quanto tentou travar o atacante e não sobreviveu aos golpes desferidos.
Era casado e tinha dois filhos. A sua ação foi fundamental para travar Masood, que acabaria neutralizado por outros dois agentes da autoridade. Foi baleado três vezes na zona do peito e morreu.
Palmer está a ser homenageado por todo o Reino Unido. “Era um herói. As suas ações nunca vão ser esquecidas”, afirmou a primeira-ministra britânica, Theresa May. Em menos de 24 horas, já foram doadas cem mil libras para apoiar a família de Palmer.
Keith Palmer, o homem que tentou travar o atacante
No final do dia de quinta-feira, o número de vítimas mortais foi atualizado para quatro, depois de um homem de 75 anos, internado no Hospital King’s College, não ter resistido aos ferimentos causados pelo ataque na ponte de Westminster. Ainda não conhecidos detalhes sobre esta vítima mortal.
A informação foi confirmada pelo porta-voz do hospital ao jornal britânico The Guardian. Duas das pessoas que estavam internadas no hospital tiveram alta médica durante esta quinta-feira e outras cinco continuam a ser tratadas naquele hospital.
Entre os feridos no ataque que receberam tratamento hospitalar estavam 12 britânicos, quatro sul-coreanos, três franceses, dois gregos, dois romenos, um alemão, um chinês, um irlandês, um italiano, um norte-americano e um polaco.
* Artigo atualizado com a informação sobre a atualização do número de vítimas mortais