A Seedrs, plataforma luso-britânica de equity crowdfunding (financiamento coletivo) vai lançar uma ferramenta pioneira que permite aos investidores comprarem e venderem ações dentro da plataforma. Com este mercado secundário, a empresa cofundada pelo português Carlos Silva vai permitir que os acionistas das empresas possam negociar entre si os títulos das empresas que detém.
As oportunidades potenciais que este mercado secundário oferece, tanto a investidores como a empresas, torna-o numa ferramenta incrível. Acreditamos, sobretudo, que vai ajudar os negócios que estão a financiar-se através da Seedrs e a atrair mais investidores”, afirma Jeff Lynn, líder e cofundador da Seedrs, em comunicado, salientando que está “consciente da obrigação que tem em disponibilizar o melhor serviço possível”.
A ferramenta vai estar disponível no verão e vai ser testada inicialmente em formato beta. O objetivo é gerar mais liquidez na plataforma e ajudar as empresas a atrair mais capital, sendo que, até à data, era difícil aos investidores negociar as ações das empresas financiadas. Regra geral, têm de esperar que a empresa seja admitida em bolsa para poderem vender os títulos. Por outro lado, as empresas também passam a ter uma alternativa de liquidez dentro da plataforma.
O mercado secundário da Seedrs vai estar aberto para negociação durante uma semana por mês e as ações têm de respeitar o valor que a plataforma considera “justo” (preço que a Seedrs atribui com base na política de avaliação, validada pela Ernst & Young).
A Seedrs é uma das principais plataformas de crowdfunding e tem escritórios em Lisboa, Londres, Nova Iorque, Amesterdão e em Berlim. Em 2016, a Seedrs gerou investimentos superiores a 85 milhões de libras nas campanhas que decorreram ao longo do ano, provenientes de 14 países. Desde o arranque da atividade, em julho de 2012, foram financiados mais de 500 negócios através da plataforma luso-britânica, num montante total superior a 210 milhões de libras.