Tumultos marcam o primeiro dia de greve geral do ano, na Grécia, com alguns protestantes encapuzados a lançarem pirotecnia contra a polícia grega em serviço. Os gregos exigem o fim da austeridade.
De acordo com a agência Associated Press, um pequeno grupo de manifestantes lançou cocktails molotov e ‘very lights’ à polícia de choque, em Atenas, depois de terminadas as manifestações, nas quais participaram cerca de 12 mil pessoas e que decorreram de forma pacífica, tendo os agentes respondido com gás lacrimogéneo.
A Grécia começou esta quarta-feira a primeira greve geral do ano, uma mobilização convocada pelos principais sindicatos do país contra a lei que engloba todas as medidas necessárias para fechar a segunda revisão do programa de resgate.
Os protestantes ergueram faixas onde se podia ler “Não à austeridade, Sim ao perdão da dívida!” e “Devolvam os direitos conquistados que nos roubaram!”.
O pacote legislativo, que será debatido esta quarta-feira no parlamento e cuja votação está prevista para quinta-feira, inclui um corte nas pensões a partir de 2019 e subidas de impostos a partir de 2020. Os sindicatos batizaram esta medida de “quarto memorando” por se tratarem de ajustes adicionais, não previstos no terceiro resgate, que se aplicarão quando terminar o programa atual.
A greve foi apoiada também pelos controladores aéreos que deixarão de trabalhar entre as 11h00 e as 15h00 (entre as 9h00 e as 13h00 de Lisboa), pelo que foram cancelados todos os voos desde e para o aeroporto de Atenas nesse período horário.
Os autocarros e elétricos da região da capital, que já começaram uma série de greves na terça-feira, permaneceram nas garagens durante toda a noite e até às 9h00 (7h00 em Lisboa), voltando a parar a partir das 19h00 (17h00 em Lisboa). O metro, por seu lado, vai funcionar entre as 9h00 e as 19h00 (entre as 7h00 e 17h00 em Lisboa), enquanto o transporte ferroviário estará completamente paralisado.
Os hospitais vão apenas disponibilizar serviços mínimos, já que os médicos e pessoal hospitalar estão em greve de 48 horas, que se prolonga até quinta-feira. Também os reformados e setores autónomos, como médicos do privado, engenheiros e advogados uniram-se à mobilização. Os sindicatos convocaram também manifestações para Atenas e outras cidades de maior dimensão no país.
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