Três alpinistas – um norte-americano, um eslovaco e um australiano -, morreram no Monte Evereste e outro está desaparecido, num dos fins de semana mais dramáticos desde a avalanche de 2014 que causou pelo menos 16 mortos. Uma dezena de outros alpinistas foi socorrida nos três últimos dias no “teto do mundo”, disseram esta segunda-feira à AFP os socorristas.

As mortes ocorridas no fim de semana elevam a cinco o número de mortos na cordilheira do Evereste, situada entre o Nepal e o Tibete, desde o início da temporada marcada por condições meteorológicas instáveis, ventos fortes e temperaturas invulgarmente baixas. As condições meteorológicas melhoraram no fim de semana, abrindo uma oportunidade para tentar subir ao cume da montanha.

O eslovaco Vladimir Strba foi encontrado morto no domingo a algumas centenas de metros do cume, disse Kamal Parajuli, do Departamento de Turismo do Nepal. Foi encontrado acima de 8.000 metros, na “zona de morte” – área onde a altitude e falta de oxigénio deterioraram o funcionamento dos órgãos e onde o terreno é particularmente difícil — onde também morreu o norte-americano Roland Yearwood.

Um australiano de 54 anos que estava a tentar a escalada do lado tibetano também morreu, segundo a imprensa local, que citou a associação tibetana de alpinismo. O homem aparentemente atingiu acima de 7.500 metros, e morreu ao tentar regressar.

Um quarto alpinista, um indiano, foi dado como desaparecido desde sábado, quando perdeu contacto pouco depois de ter atingido o cume. O seu guia nepalês foi encontrado inconsciente no Campo 4, pouco abaixo dos 8.000 metros, com queimaduras graves.

Pelo menos 365 alpinistas obtiveram permissão do Governo nepalês para escalar o Evereste esta temporada, um número recorde após anos de crise. As permissões para escalar o Evereste foram canceladas em 2015 devido ao terramoto no Nepal e em 2014 devido à avalanche que matou 16 alpinistas.

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