O Sporting de Braga apresentou esta terça-feira à Câmara Municipal de Braga as alterações que quer fazer no Estádio municipal, depois de ter tido autorização do arquiteto Eduardo Souto Moura, autor do projeto.

Dois novos elevadores para a bancada poente, a melhoria dos existentes no resto do recinto, a criação de caminhos pedonais de acesso alternativo ao estádio e à futura cidade desportiva e a reformulação dos bares são as principais alterações apresentadas esta terça-feira pelo líder do Sporting de Braga, António Salvador, ao presidente da câmara de Braga, Ricardo Rio.

Tive recentemente um almoço com o arquiteto Souto Moura onde expus os problemas que o estádio tem. Como sabem, há um conflito entre o arquiteto e o município [Souto Moura reclama cerca de três milhões de euros de honorários] que não é fácil de ultrapassar, mas o arquiteto Souto Moura assumiu perante o clube que dava autorização às obras que são precisas fazer”, afirmou o dirigente no final.

António Salvador quer que os elevadores e os bares estejam prontos já no início da época, mas os caminhos alternativos e outas soluções “vão levar mais tempo”, admitiu.

Temos ideias, mas não podemos fazer o caminho, terá que ser o município, porque os terrenos não são nossos. Os elevadores e as outras soluções também, porque o estádio é do município e terá que ser ele a fazê-las. São alterações profundas, não de remodelação, como fizemos no ano passado. O município percebeu isso e o presidente está disponível para dar andamento”, afirmou Salvador.

Ricardo Rio disse que a câmara tem “consciência de que, estruturalmente, o estádio tem várias patologias em termos de acessibilidade e conforto para os adeptos e seus utilizadores que têm que ser corrigidas”.

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Saúdo o diálogo que tem havido entre o clube e o arquiteto para que este legitime e valide as propostas de alteração que venham a ser introduzidas. A câmara municipal está disponível para intervir na manutenção em algumas das situações e em criar novas condições para melhorar problemas identificados como, conforme já tinha falado, a criação de um acesso pedonal desde a zona da cadeia até ao estádio”, disse o autarca.

Ricardo Rio anunciou a criação de grupos de trabalho conjuntos para estudar a implementação de cada uma das medidas, notando que “há outros melhoramentos que podem ser realizados e que o Sporting de Braga os pode assumir desde que tenha a anuência da câmara municipal enquanto proprietária do imóvel”.

Inaugurado a 30 de dezembro de 2003, o Estádio Municipal de Braga, projetado por Eduardo Souto Moura, custou cerca de 150 milhões de euros (depois de um orçamento inicial estimado em 33 milhões).