A PSP já tem preparado o dispositivo que vai garantir a segurança do concerto de Ariana Grande, agendado para este domingo, em Lisboa. Não há “riscos” identificados — depois de há duas semanas 22 pessoas terem morrido na sequência de um ataque terrorista desencadeado após o concerto da artista em Manchester, Reino Unido –, mas haverá um “reforço das medidas de segurança“, à imagem daquilo que tem sido preparado para os eventos em que há uma maior concentração de pessoas. No varrimento que têm feito das redes sociais, as forças de segurança não detetaram qualquer indício de que a atuação de 11 de junho esteja na mira de radicais islâmicos.

Os incidentes com veículos — carros, carrinhas, camiões — são uma das principais preocupações que a PSP teve em conta na preparação do acompanhamento do concerto. No domingo, há tolerância zero para as deslocações na zona envolvente do Meo Arena, no Parque das Nações.

A Alameda dos Oceanos vai estar fechada ao trânsito. Toda aquela zona, onde se espera que os milhares de fãs da artista norte-americana se concentrem nas horas que antecedem o concerto, só vai poder ser percorrida a pé. A imagem da carrinha que atropelou várias pessoas na ponte de Londres, este sábado (poucos dias depois do atentado à bomba na Arena de Manchester), está ainda bastante presente.

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Da parte da organização do concerto, que em Portugal está nas mãos da promotora Everything Is New, não houve qualquer pedido especial feito à PSP. O intendente Hugo Palma, porta-voz da direção nacional, explica ao Observador que a polícia vai repetir o modelo de segurança que tem vindo a ser usado em festivais de verão, concertos e grandes eventos. Haverá equipas fardadas em toda a zona envolvente do pavilhão de espetáculos, com elementos do Comando Metropolitano de Lisboa e da Unidade Especial de Polícia, e também houve comunicações entre a PSP e as empresas de segurança ligadas ao evento, para garantir que o controlo dos acessos à sala vai ser apertado, com uma maior atenção prestada às revistas feitas à porta do pavilhão.

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Essa é a parte visível da operação. A par desse trabalho, a PSP terá elementos “à paisana” — os chamados spotters — a controlar todas as movimentações junto ao Meo Arena. Uma ação que “não é exclusiva do concerto da Ariana Grande” e que “tem vindo a ser usada desde o atentado no Bataclan”, em Paris, em novembro de 2015.

Manchester. Quem são as 22 vítimas do atentado

Ainda na preparação deste concerto, a PSP tem aproveitado o trabalho já regular de recolha de informações online (com o controlo de contas consideradas sensíveis nas redes sociais pelas ligações que se estabelecem com organizações radicais), mas até ao momento não houve qualquer sinal de referências à atuação deste domingo. Hugo Palma sugere, por isso, que os jovens se desloquem “com tranquilidade” ao concerto.