Numa altura em que a marca da oval dedica parte substancial dos seus esforços ao desenvolvimento da condução autónoma, a Ford acaba de formar um novo grupo de trabalho, direccionado para a investigação no domínio da robótica e da inteligência artificial – duas áreas especialmente importantes, para a materialização do carro sem condutor.

A revelação foi feita pelo recentemente nomeado director-geral para a Tecnologia da Ford Motor Company, Ken Washington, num post em que Ken acrescenta que o novo grupo, cuja composição não foi divulgada, passará a funcionar sob a orientação do Departamento de Pesquisa e Engenharia Avançada do fabricante norte-americano.

Esta nova estrutura terá como missão a exploração de novas soluções tecnológicas, nomeadamente de “tecnologias de sensores, métodos de aprendizagem por máquinas, exigências técnicas de entrada em novos mercados e desenvolvimento de novos dispositivos de mobilidade pessoal, drones e outros robôs aéreos que possam ajudar a ultrapassar a primeira e última milha em qualquer viagem”, escreveu Washington. Soluções que deverão igualmente ajudar a impulsionar os actuais esforços da companhia, visando a sua entrada em novos mercados.

Tanto a robótica como a inteligência artificial são consideradas cruciais no desenvolvimento dos veículos autónomos, capazes de conduzir a avanços em áreas como a da “aprendizagem profunda”. Tendo já contribuído para o desenvolvimento de um leque de outras tecnologias de mobilidade – campo que a Ford tem vindo a explorar através da sua subsidiária Ford Smart Mobility.

Por outro lado, e graças à colaboração com a também norte-americana Argo AI, startup sedeada em Pittsburgh na qual a marca da oval investiu já cerca de 878 milhões de euros, a Ford conseguiu libertar meios próprios para o desenvolvimento de novas tecnologias, revelou o mesmo responsável. Ao mesmo tempo que, por seu lado, a Argo AI tem vindo a trabalhar no desenvolvimento da nova base rolante automatizada que servirá para a primeira geração de veículos de condução autónoma do construtor, num processo em que deverá vir a contar igualmente com o contributo da equipa agora formada pela Ford.

Aliás, embora a Argo AI esteja já a desenvolver testes com uma frota própria de veículos, com vista à sua produção em massa, a Ford anunciou já a intenção de utilizar a sua própria frota automóvel de testes, nas instalações da Universidade de Michigan, destinadas ao desenvolvimento de sistemas robotizados e projectos de inteligência artificial.

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