Numa entrevista intimista à CNN publicada esta sexta-feira, Michael Phelps confessou um dos momentos menos bons da sua vida. Depois de se retirar das piscinas de Londres, em 2012, Phelps ficou sem propósito e direção. A autoestima desceu e os pensamentos suicidas cresceram.

Em setembro de 2014, depois da segunda queixa por conduzir sob a influência de álcool, que levou à suspensão de seis meses pela USA Swimming, Phelps enclausurou-se no próprio quarto durante dias seguidos. Nesse período veio-lhe à cabeça pensamentos negativos que o faziam pôr em causa o valor da sua vida: “dizia que já não queria mais estar vivo”.

“Naqueles dias em que me sentava no meu quarto, onde não me mexi por quatro dias, tive o apoio dos meus amigos e família”, conta. “Eram as pessoas que mais me interessavam e estavam lá porque realmente se preocupavam comigo”.

Até que decidiu pedir ajuda. “Eu sabia que precisava de ajuda e sabia que precisava de mudar alguma coisa na minha vida”, confessa.

Eu estava meio perdido, então entrei em tratamento durante algumas semanas. Basicamente reconstruí-me”, afirma Michael Phelps.

O ex-atleta diz que os norte-americanos não olham com bons olhos para quem pede ajuda — que é visto como uma fraqueza. “Levei algum tempo a chegar ao ponto em que é bom pedir ajuda”, conta.

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Na sua quarta Olimpíada, Phelps entrou em seis provas no Rio de Janeiro 2016 e ganhou cinco deles. As 28 medalhas distinguem-no como o atleta mais condecorado de todos os tempos.

De momento está a dedicar o seu pós-carreira a encorajar os outros, principalmente crianças, a praticar natação. Juntamente com Allison Schmitt, é embaixador do Dia Nacional de Consciencialização sobre a Saúde Mental Infantil.