Jared Kushner, conselheiro e genro de Donald Trump, garantiu esta segunda-feira que não colaborou com a Rússia durante a campanha para as eleições presidenciais norte-americanas do ano passado. Kushner falava numa conferência de imprensa na Casa Branca depois de ter sido ouvido pela Comissão dos Serviços Secretos do Senado.

Permitam-me que seja muito claro: não conspirei com a Rússia nem sei de ninguém que o tenha feito na campanha”, assegurou Kushner em declarações aos jornalistas.

O genro e conselheiro do presidente norte-americano assegurou ainda não ter estabelecido “contactos inadequados” com a Rússia em que as suas ações foram completamente “adequadas”. Quando à audiência, que durou perto de três horas, Kushner apenas disse à CNN que correu “muito bem”, antes de entrar no carro.

As declarações perante os jornalistas, a quem o genro de Trump recusou responder a perguntas, são semelhantes ao documento de 11 páginas que Kushner leu no Senado, que foi divulgado pelos seus advogados e citado pelo New York Times.

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Genro de Trump nega ao Senado “conluio” com a Rússia

Na próxima quarta-feira é a vez do filho do presidente norte-americano, Donald Trump Jr., e de Paul Manafort, ex-chefe da campanha das eleições presidenciais, que serão ouvidos pela Comissão Judicial do Senado. Estas audiências acontecem na sequência da descoberta de reunião de oito pessoas que aconteceu na Trump Tower durante a campanha do então candidato às presidência dos Estados Unidos, onde eles mesmos estiveram presentes.

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No encontro estiveram também Natalia Veselnitskaya, advogada russa com ligações ao Kremlin, Rinat Akhmetshin, ex-espião russo, Anatoli Samochornov, tradutor, Rob Goldstone, publicitário, e Ike Kaveladze, vice-presidente sénior da Crocus Group, uma imobiliária criada pelo russo Aras Agalarov.