Os novos controlos nos aeroportos da União Europeia (UE) têm resultado em longas filas, nas quais os turistas, e não só, permanecem durante horas. Lisboa, Madrid ou Palma de Maiorca são particularmente afetados pela falta de funcionários no controlo de fronteira e pelas verificações de segurança mais apertadas, conta o The Guardian.

As alterações introduzidas após os recentes ataques terroristas significam que as pessoas que entram e saem do espaço Schengen estão sujeitas a procedimentos de segurança mais rígidos. Assim sendo, os passageiros que chegam aos aeroportos de Espanha, Portugal, França, Itália e Bélgica, podem enfrentar filas de “até quatro horas” e “enormes atrasos” no voos, de acordo com o comunicado da Airlines For Europe (A4E).

Apesar disso, os relatórios de passageiros sugerem que os atrasos não são universais e dependem do aeroporto, da hora do dia e do número de funcionários de controlo de fronteira em serviço. O processo permite que os detalhes dos passageiros sejam verificados em vários bases de dados, como o Sistema de Informações Schengen e a lista da Interpol de documentos de viagem perdidos e roubados.

Aage Duenhaupt, porta-voz da A4E, disse que centenas de voos já foram adiados precisamente pelas novas normas de segurança, mais rígidas e apertadas. O próximo fim de semana é particularmente preocupante, tendo em conta que é umas das alturas mais movimentadas do ano no Reino Unido, e que o atrasado pode chegar até duas horas, com 200 mil passageiros a chegar e sair de Maiorca, por exemplo.

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A menos que o controle das fronteiras espanholas coloque um plano de emergência para evitar filas e ajudar os passageiros a passarem mais rápido, haverá atrasos devastadores para os passageiros”, disse Aage Duenhaupt.

Um dos porta-vozes da Aena, uma empresa estatal espanhola que administra 46 aeroportos, incluindo o de Maiorca, disse que os passaportes nas fronteiras eram da responsabilidade da polícia nacional, com o qual se encontra a trabalhar para introduzir estas novas medidas.

Ao comentar a situação, a Comissão Europeia (CE) disse que estes atrasos são “o preço da segurança”. Mina Andreeva, porta-voz da CE, afirmou: “Trata-se da segurança dos nossos cidadãos. Todos os Estados-membro da UE queriam regras atuais e todos concordaram com elas”.