O presidente norte-americano Donald Trump partilhou um tweet da Fox News que dava conta de que satélites norte-americanos tinham detetado movimento militar na Coreia do Norte – o regime de Kim Jong-un estará a movimentar mísseis anti-navio para um navio de patrulha -, informação confidencial que não deveria ter saído da Casa Branca e mais um caso de fuga de informação da parte do presidente norte-americano.

Em entrevista ao programa “Fox and Friends”, a embaixadora norte-americana para as Nações Unidas, Nikki Haley, disse que não podia falar do assunto: “Isso é informação confidencial e o facto de estar num jornal é uma vergonha”, disse em referência à história, que citava duas fontes anónimas, acrescentando que “é uma daquelas coisas em que não entendo o que se está a passar. Mas digo que é incrivelmente perigoso que informações destas saiam para imprensa desta maneira”.

O tweet foi partilhado por Trump horas antes dessa entrevista de Haley ao “Fox and Friends”. Da parte da Casa Branca, não há comentários a fazer.

O democrata Ted Liu, californiano, disse à CNN: “Só porque uma informação vai parar à imprensa não significa que deixe de ser informação confidencial, portanto o presidente não devia estar a tweetar informação confidencial apenas e só porque é o presidente”.

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Trump tinha apontado o dedo aos órgãos de comunicação social, em maio, acusando-os de fabricaram as ditas fugas de informação.

Três meses depois louvou a posição do procurador-geral Jeff Sessions, que prometeu combater os chamados “leaks”.

Agora partilhou informação classificada no Twitter.

A história da Fox News foi depois confirmada por um oficial da defesa norte-americana a alguns jornais, tendo avançado que a Coreia do Norte tinha conseguido armar dois navios – e que era a primeira vez que faziam algo do género desde 2014, o que leva a crer que se estão a preparar para utilizar os mísseis em testes.