Mais de 300 pessoas morreram na sequência de deslizamentos de terras provocados por grandes inundações, registadas esta segunda-feira na Serra Leoa. Um funcionário da morgue da capital do país, Freetown, falou em mais de 200 mortos. A Cruz Vermelha avançou entretanto que o valor já chegou aos 312.

Em declarações à emissora de rádio nacional, Sinneh Kamara relatou que mais de 200 corpos foram transportados para aquele serviço, cujas instalações ficaram sobrelotadas. Já o porta-voz da Cruz Vermelha, Abu Bakarr Tarawallie, declarou que o número de mortos deverá provavelmente aumentar, à medida que forem encontrados mais corpos.

O vice-Presidente da Serra Leoa, Victor Foh, confirmou essa mesma informação em declarações à agência Reuters: “É provável que haja centenas de mortos debaixo dos destroços”. “Esta catástrofe é tão grave que me sinto sem forças”, confessou o político. As imagens disponíveis nas redes sociais revelam bem a violência da enxurrada.

Umaru Fofana, correspondente da BBC no local, descreve um cenário de horror: “As pessoas choram incontrolavelmente. Uma mulher disse-me que perdeu mais de 11 membros da sua família, outro homem contou que perdeu a mulher, a sogra e os filhos”, relatou o jornalista. “Centenas de pessoas ainda estão a chegar a esta zona à procura dos seus entes queridos.”

As inundações constituem um perigo frequente na Serra Leoa, onde as habitações feitas com materiais precários são regularmente destruídas pelas chuvas torrenciais. Em 2015, inundações fizeram 10 mortos e milhares de desalojados na capital.

Artigo atualizado às 17:00 com informações da Cruz Vermelha, imagens e declarações de Victor Foh e Umaru Fofana e posteriormente com o número de mortos

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