A escritora brasileira Clara Averbuck fez uma publicação esta segunda-feira no Facebook onde alega que foi violada por um motorista da Uber na noite de domingo. A escritora ainda está a decidir se vai apresentar queixa.
Na publicação do Facebook — que conta com mais de 10 mil gostos de cerca e 1,3 mil partilhas –, a escritora brasileira relata ao pormenor o momento da alegada violação: “O nojento do motorista do Uber aproveitou meu estado, minha saia, minha calcinha pequena”, pode ler-se na publicação.
Estou machucada, mas estou em casa e medicada para me acalmar. Estou decidindo se quero me submeter à violência que é ir numa delegacia ser questionada, já que a violência sexual é o único crime que a vítima é que tem que provar”, explica a escritora.
Clara Averbuck admite na publicação que estava alcoolizada quando o motorista da Uber a terá violado, acrescentando que não se vai “culpar”, tal como fez quando foi violada em adolescente.
Fui violada de novo, violada porque sou mulher, violada porque estava vulnerável e mesmo que não estivesse poderia ter acontecido também”, pode ler-se ainda na publicação.
A escritora brasileira — autora de livros como “Cidade Grande no Escuro” ou “Nossa Senhora da Pequena Morte” — explica que fez a publicação no Facebook para que os utilizadores que a leiam “saibam que pode acontecer com qualquer uma, a qualquer momento”. “O mundo é um lugar horrível para ser mulher”, termina a escritora.
No Twitter, Clara Averbuck lançou um movimento com a hashtag #MeuMotoristaAbusador onde apela a todas as mulheres que divulguem e denunciem estes casos: “Por mim, por você e por elas. Denuncie”.
você tem uma história? #MeuMotoristaAbusador pic.twitter.com/ta7nwA15xj
— Clara Averbuck (@claraaverbuck) August 28, 2017
A Uber, contactada pelo jornal brasileiro Folha de São Paulo, garantiu que o motorista em causa já foi afastado da empresa. Em comunicado, a Uber diz estar “à disposição das autoridades competentes para colaborar com as investigações”. “A Uber repudia qualquer tipo de violência contra mulheres”, pode ler-se ainda.