O furacão Maria, de categoria 3, é o segundo furacão a atingir a ilha norte-americana de Porto Rico no espaço de duas semanas. Esta quinta-feira, o Maria avança no sentido da República Dominicana depois de ter atingido Porto Rico com ventos na ordem dos 250 quilómetros por hora que derrubaram árvores, postes de eletricidade e causaram inundações um pouco por toda a ilha. Estima-se que toda a população (3,5 milhões de pessoas) tenha ficado sem eletricidade.

Nos últimos dias o furacão Maria atingiu também as ilhas de Dominica, Guadalupe e o território norte-americano de St. Croix.

A tempestade atingiu a ilha na quarta-feira de manhã. Os residentes dizem que os telhados foram arrancados e que as portas se arrancaram das dobradiças. “A informação que recebemos não é encorajadora”, disse Abner Gomez, responsável pelo serviços de emergência de Porto Rico ao The Guardian.

Cheias intensas atingiram a capital, São José, e um aviso de cheia repentina foi emitido no centro da ilha, onde o caudal dos rios bateu recordes.

O National Hurricane Center, entidade responsável por monitorizar os furacões do Atlântico, garante que a descida ou subida de categoria neste momento é irrelevante: o Maria “vai continuar a ser um furacão muito, muito perigoso” e a chuva que virá depois da passagem do olho da tempestade deve ser o foco das autoridades.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O governador da ilha, Ricardo Rossello, avisou que se iria perder “muita infraestrutura”. Todas as construções pós-2011 devem resistir pois nesse ano foram introduzidas novas regras que permitiriam aos edifícios resistir a ventos de tamanha força, mas tudo o que está ao alcance da água “não tem hipótese”, garantiu.

O presidente norte-americano Donald Trump já garantiu que se vai deslocar ao território.

Contam-se, para já, nove mortos: um em Guadalupe, um em Porto Rico e sete em Guadalupe, um número que, de acordo com o primeiro-ministro porto-riquenho Roosevelt Skerrit, deve aumentar nos próximos dias à medida que se entra em contacto com regiões rurais. Também a descida do nível das águas permitirá atualizar o número de vítimas e desaparecidos.

Imagem de satélite do furacão Maria a 21 de setembro (Crédito: NOAA/NHC)

O Maria desloca-se para norte a um ritmo vagaroso, onde se deverá manter mais 5 dias, sem afetar mais ilhas além das Bahamas e da República Dominicana, onde os preparativos já estão a ser ultimados. O Haiti, pela disposições topográfica da ilha, estará resguardado dos fortes ventos.