A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) fez, esta sexta-feira, um pré-aviso de greve para o próximo dia 27 de outubro (sexta-feira), em protesto contra a forma encontrada pelo Governo na proposta de Orçamento do Estado para 2018 para o descongelamento de carreiras dos professores, e ainda relativamente a questões como o horário de trabalho, a aposentação e o combate à precariedade.
A Fenprof junta-se assim à greve da Frente Comum para a função pública, marcada para esse dia.
Os professores já tinham avisado que, caso o Governo não mudasse a forma como pretendem avançar para o descongelamento de carreiras no próximo ano, avançariam para formas de luta, como a greve.
Em causa está a forma como o descongelamento de carreiras previsto vai afetar os professores. Uma vez que dependem do tempo de serviço para progredir, os últimos sete anos não serão contabilizados. Na prática é como se os professores não tivessem dado aulas entre 2011 e 2017, o que faz com que, na prática, muitos não reúnam as condições para subir na carreira nos próximos anos.
O Governo quer, pura e simplesmente, apagar da vida dos professores os últimos sete anos de serviço”, afirmou ao Observador Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof que, depois de ser conhecida a proposta de Orçamento do Estado para 2018, na passada sexta-feira. Mário Nogueira disse ainda que “os professores são discriminados relativamente às carreiras da Função Pública que acumulam pontos”, lembrando, aliás, que a esses sete anos se somam mais dois anos e meio (entre agosto de 2005 e dezembro de 2007) em que também as progressões estiveram congeladas e que não foram contabilizados no caso dos professores.
Últimos nove anos não vão ser considerados para a progressão dos professores