Agora com sinal reforçado em Lisboa 98.7 FM No Porto 98.4 FM Mundo / Catalunha Seguir Ministro espanhol diz que vídeos de violência na Catalunha são "fake news" As imagens de violência no dia do referendo na Catalunha fizeram capas de jornais no mundo inteiro. Mas agora o ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros diz que é tudo "fake news". Observador Texto 23 Out 2017, 12:45 i ▲Imagens como esta abriram telejornais um pouco por todo o mundo ▲Imagens como esta abriram telejornais um pouco por todo o mundo O dia 1 de outubro foi dia de referendo na Catalunha. As fotografias e os vídeos que testemunhavam a violência exercida pela polícia sobre os independentistas fizeram capas de jornais em vários países e o mundo ficou chocado com as fotos de puxões de cabelos, mulheres ensanguentadas e polícias a agredir manifestantes.https://observador.pt/videos/atualidade/catalunha-violencia-e-emocao-no-dia-do-referendo/Mas há quem alegue que todas as imagens foram manipuladas. E não é qualquer pessoa. O ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros fez uma intervenção em direto este domingo, no The Andrew Marr Show, na BBC One. Alfonso Dastis rejeita qualquer acusação de brutalidade policial e afirma que todos os registos são “fake news”. Se existiu um uso da força, foi limitado, proveniente do facto de as agências de lei e ordem estarem privadas de exercer as ordens dos tribunais”, alega Dastis, acrescentando que “não estou a dizer que todas as imagens são falsas, mas algumas são e têm aparecido muitos factos alternativos e ‘fake news'”.O diretor europeu da Human Rights Watch já respondeu às declarações do ministro espanhol, garantindo que “a investigação a três casos descobriu que a Policia Nacional e a Guardia Civil usaram força excessiva”. Outro porta-voz da Organização não-Governamental, Kartik Raj, também reagiu, reconhecendo que “a polícia podia ter a lei do seu lado para cumprir ordens dos tribunais mas isso não lhes dá o direito de usar a violência contra protestantes pacíficos”.O departamento da saúde catalão divulgou um comunicado em que dá conta de 991 pessoas que precisaram de assistência médica no dia 1 de outubro. De acordo com os dados apresentados, a maior parte dos pacientes apresentava múltiplas contusões, mas outros receberam tratamento a feridas, cortes e contusões. 38 pessoas precisaram mesmo de tratamento hospitalar. Menos de um mês depois, a situação na Catalunha está longe de estar resolvida. Madrid acionou o artigo 155 da Constituição espanhola e deu uma semana a Puigdemont para se decidir. O Parlamento catalão reúne esta quinta e o partido Candidatura de Unidade Popular apelou à “desobediência civil massiva”.