As organizações sindicais do setor ferroviário decidiram esta terça-feira manter a greve para dia 30, véspera do feriado de sexta-feira, e afirmam que “a esmagadora maioria” da circulação de comboios será afetada, não havendo serviços mínimos.

“Fomos informados pelo IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] de que não há resposta da tutela, não há nenhum elemento novo, e por isso mantemos a decisão de avançar com a greve”, disse à agência Lusa o dirigente da FECTRANS, José Manuel Oliveira.

A decisão surge depois da reunião de hoje das organizações sindicais subscritoras do pré-aviso de greve que serviu, por sua vez, para analisar o resultado do encontro de segunda-feira com a CP.

Em causa está a nova regulamentação para o setor ferroviário, que deverá entrar em vigor em setembro, e que a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) considera que “diminui as condições de segurança no setor ferroviário”.

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Segundo o dirigente da FECTRANS, a greve vai afetar “tanto o transporte de passageiros como o de mercadorias” e vai ter um “forte impacto, quer pela adesão, quer pela abrangência”.

José Manuel Oliveira diz que a greve “terá implicações na esmagadora maioria da circulação ferroviária do dia 30 e também nos comboios de longo curso que arrancam no final do dia 29 e que terminam já no dia 30”.

O tribunal arbitral decidiu não marcar serviços mínimos, segundo a decisão publicada na página da internet do Conselho Económico e Social (CES).

“Não se afigura adequado, ao abrigo dos critérios constitucionais e legais, a definição de serviços mínimos relativos à circulação das composições de transporte de passageiros, por se tratar de uma greve de curta duração, de um dia apenas”, lê-se no acórdão.

A greve foi convocada pelas organizações sindicais de várias empresas do setor ferroviário — CP, IP, Medway, Takargo.

A Lusa contactou a CP que, para já, não comenta o protesto.