Apontado como um dos maiores escândalos na história da indústria automóvel, do qual resultaram, até ao momento, mais de 180 feridos e mais de duas dezenas de mortes, os airbags defeituosos da japonesa Takata continuam a somar prejuízos, para os construtores. Sendo que, depois dos 43,1 milhões de equipamentos defeituosos assinalados até ao final de 2017, mais 3,3 milhões são agora somados ao “pecúlio” – número, sublinhe-se, referente apenas aos Estados Unidos da América.

A notícia é avançada pelo Detroit Free Press, segundo o qual o número agora adicionado diz respeito a veículos produzidos em 2009, 2010 e 2013, pelos fabricantes Audi, BMW, Fiat Chrysler Automobiles, Ford, General Motors, Jaguar-Land Rover, Mazda, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan, Subaru, Tesla e Toyota. Os modelos afectados deverão ser ainda divulgados, possivelmente, lá mais para o final do presente mês.

De acordo com a mesma fonte, o problema destes equipamentos terá a ver com o nitrato de amónio que existe nos airbags e que serve para fazer inflar a bolsa de ar. Mas que, com o passar dos anos, pode levar a uma reacção química repentina e consequente explosão, enviando detritos metálicos na direcção dos passageiros.

As anomalias nos airbags da Takata afectaram já 19 fabricantes, os quais, até meados de Setembro de 2017, foram obrigados a chamar às oficinas 43,1 milhões de veículos, reparando, no entanto, apenas 18,5 milhões. Ou seja, 43% das unidades afectadas. Sendo que, neste momento, fala-se já em 69 milhões de automóveis afectados.

Fruto deste problema, tornado público em 2015, a Takata, que fornecia airbags para grande parte dos construtores automóveis, declarou falência. A companhia japonesa está em negociações com o fornecedor norte-americano Key Safety Systems, para venda de praticamente todos os seus activos por um valor a rondar os 1,59 mil milhões de dólares, ou seja, pouco mais de 1,32 mil milhões de euros.

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