Numa altura em que são muitos os construtores já envolvidos na corrida à condução autónoma, a General Motors (GM) acaba de dar a conhecer o seu mais recente protótipo que, supostamente, mostra o que poderá vir a ser o interior de um futuro carro 100% autónomo do fabricante norte-americano. Mantém o habitáculo da geração actual do veículo 100% eléctrico da GM, o Bolt – por sua vez, idêntico ao europeu Opel Ampera-e –, mas abdicou dos tradicionais pedais e volante, “ferramentas” que permitem ao condutor a controlar os automóveis há mais de 100 anos.

Apesar de este não ser este o único veículo actualmente em testes para condução autónoma, a verdade é que carros sem volante ou pedais são algo que, pelo menos nos tempos mais próximos, e até pelas restrições legais existentes nos diferentes mercados, dificilmente poderão ser comercializados ou utilizados por condutores normais.

Entre todas as empresas que lutam para desenvolver o mais rapidamente possível a condução autónoma sem condutor, tudo indica que não é um construtor de automóveis que lidera o processo. A primeira autorização emitida, destinada a permitir a circulação de um veículo sem ninguém a ocupar a posição do condutor, pertenceu à Google, ou melhor, à Waymo, a sua divisão especializada na condução autónoma. O carro – um monovolume Chrysler Pacifica fornecido pela FCA e transformado para o efeito – viu-se envolvido numa colisão, logo nos primeiros dias de testes. Mas, felizmente para a Waymo, e para a tecnologia, a culpa foi do “outro”.

Segundo a GM, o Bolt sem “acessórios” e que não precisa de condutor já está a ser ensaiado nos arredores de São Francisco e Phoenix. Destina-se a ser fornecido a uma série de empresas vocacionadas para o car sharing, ride sharing e, sobretudo, o ride hailing, e que necessitam urgentemente de veículos sem condutor para tornar a exploração do negócio mais rentável.

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