Já foi apresentado o programa nacional do Medfest, um projeto gastronómico que procura divulgar ainda mais a dieta mediterrânica. Numa cerimónia realizada no mercado de Alvalade, em Lisboa, a organização deste projeto divulgou os pormenores desta iniciativa, que se insere num programa de três anos e envolve oito países europeus que têm contacto com o mar em questão. A comida típica desta região — que foi distinguida pela UNESCO como Património Imaterial da Humanidade — é um dos elementos chave de todo este novo programa.

“Um dos objetivos fundamentais do Medfest é posicionar Portugal como destino gastronómico sustentável, com produtos de qualidade como o vinho e os azeites, para complementar as conhecidas rotas de sol e mar”, explicou Artur Gregório, presidente da direcção da Associação In Loco e coordenador do projeto.

Esta mesma Associação é o orgão responsável pelo primeiro elemento que visa a promoção deste ideal: criaram a primeira rota gastronómica mediterrânica que vai ligar Lisboa a Tavira.

Idealizado como um roteiro livre, este percurso é para ser feito da forma que cada um achar melhor. Pode demorar o tempo que quiser, ser feito no método de transporte que mais lhe convier e incluir as pessoas que bem entender. Aquilo que lhe é proposto é um caminho que percorre várias cidades (“o objectivo é demorar o maior tempo possível a ir de Lisboa ao Algarve”, disse uma responsável pela organização do evento) e que destaca vários restaurantes, lojas, ateliers, monumentos ou outros organismos deste género. A ideia por trás desta espécie de GPS é reforçar e promover o contacto entre turistas (portugueses ou não) e a dieta mediterrânica.

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De entre as experiências com que se pudera cruzar há a hipótese de degustar azeites no Lagar da Herdade do Marmelo, em Ferreira do Alentejo; provar aguardente de medronho no Alqueva; comer (ou fazer com as próprias mãos) pão artesanal no forno comunitário de Cachopo ou até mesmo saciar a fome (ou gulodice) com enguias aromatizadas com hortelã ou poejo, em Alcoutim.

A gastronomia, como seria de esperar, é um dos pontos centrais deste roteiro, mas há mais por descobrir nestes 547 quilómetros de percurso. Pode fotografar estrelas na reserva Dark Sky, no Alentejo; descer o Guadiana de barco, em Alcoutim, ou até mesmo, por exemplo, fazer uma viagem de balão no Alqueva.

Já está online o mapa interativo onde pode encontrar todas as inúmeras sugestões que fazem parte deste percurso. Se bem entender, até pode consultar outras, que ficam fora de Portugal mas que também aparecem sinalizadas.