A primavera chegou a Portugal esta terça-feira, dia 20 de março, pelas 16h15. Trouxe sol, mas também vento forte e bastante frio, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa.

Apesar da chegada da estação, que se prolonga em Portugal “por 92,79 dias” e que termina no “próximo solstício que ocorre no dia 21 de junho às 11h07”, os dias frios e com temperaturas mínimas abaixo de 0º ainda vão voltar. Tal como em Espanha, a chegada da primavera ao nosso país não é sinónimo automático de bom tempo, e as temperaturas vão manter-se baixas como nas últimas semanas e prevalecer gélidas, pelo menos, até ao final do mês. Ou seja, até à Páscoa.

O jornal El Español escreve que “a Península se encontra sob influência de uma massa de ar frio que vem do norte” e que por esta razão, esta primeira noite de primavera vai sofrer “um grande colapso”, com as temperaturas mínimas a poderem chegar em alguns pontos aos -10ºC.

Na quinta-feira chega mais uma tempestade. Esta chama-se Irene e trará vento, chuva e neve, sobretudo para Espanha. Portugal também será atingido e no site do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) as previsões apontam para um fim de semana com grande probabilidade de ocorrência de chuvas — a começar na sexta-feira –, que diminuirá depois no início da próxima semana.

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Depois da tempestade vem a bonança…

Um início de primavera gelado pede um fim mais quentinho e as previsões apontam para isso mesmo. Pelo menos na metade sul da Península. Os meses de abril e maio vão ser mais secos que o habitual, o que, a acontecer, significa que a situação de seca e escassez de água vai continuar. As informações são dadas pela meteorologista Mar Gómez, do eltiempo.es, que acrescenta que a zona sul da Península e a área do Mediterrâneo serão afetadas por muito calor. Às vezes tórrido.

A verificar-se a situação de tempo “anticiclónico” — ou seja, tempo quente, seco e sem nuvens –, as bacias hidrográficas, tanto em Portugal como em Espanha, podem continuar a sofrer com níveis de água abaixo do que seria esperado para a altura.

Na sexta-feira passada, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, alertou para o facto de as bacias hidrográficas a sul do Tejo estarem com “menos água do que é comum” para a época do ano, apesar da “recuperação que tiveram”.

Bacias hidrográficas do sul ainda têm “menos água do que é comum”, diz o ministro do ambiente