Bacalhau à Brás, polvo à lagareiro e queijo de Azeitão: são estes alguns dos pratos destacados na lista “Dez coisas que tem de provar em Lisboa” publicada pela BBC através do canal Good Food. 

“Lisboa é uma capital europeia cheia de uma nova vaga de comida portuguesa e agitados mercados de rua. Apanhe um voo barato e aventure-se numas férias de foodie” é desta forma que o órgão britânico abre o artigo onde se encontram algumas das mais populares iguarias portuguesas — por muito que algumas delas não seja tipicamente lisboetas.

O primeiro prato destacado é o célebre polvo à lagareiro, prova de que “os portugueses nunca poupam no azeita”, como se lê na listagem. Há ainda os clássicos ovos mexidos com farinheira; as favas com chouriço e, claro, o “feioso” cozido à portuguesa que “é tradicionalmente comido ao domingos”.

A alheira, por sua vez, é outro dos alimentos escolhidos. No artigo conta-se de como este enchido está muito associado à população judaica em Portugal que tentava fingir que se tinha convertido ao cristianismo exibindo este fumeiro que a Inquisição achava ser de porco (animal que, de acordo com a religião judaica, não deve ser consumido) — quando na realidade era uma mistura de carne de aves ou caça, com alho e pão. Faltou foi mencionar que hoje em dia muitas alheiras, provavelmente a maioria, têm carne de porco na sua composição.

“Os portugueses encontram sempre alguma desculpa para comer queijo”, lê-se na entrada referente ao queijo de Azeitão, outro dos alimentos destacados. Do mar aparece, de forma meio genérica, “peixe e marisco”, merecendo destaque algumas espécies como o robalo, o cherne ou até o salmonete. Os percebes são descritos como tendo “o mais puro sabor a mar”.

De volta a terra firme surgem os torresmos, especialidade alentejana que a BBC afirma ser uma boa opção se quisermos “mordiscar qualquer coisa com intenso sabor a porco”. Surge o clássico bacalhau à Brás, esse “supremo exemplo da comida de conforto”, assim como a sericaia com ameixa de Elvas, sobremesa que os ingleses dizem ser o “modo mais light” de provar um típico doce conventual, se o compararmos com outros do mesmo género.

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