O protesto dos professores universitários e cientistas pela regularização dos vínculos laborais terminou esta terça-feira perto das 18h00, após a entrega de uma resolução reivindicativa na residência oficial do primeiro ministro, em Lisboa. A resolução fora aprovada cerca de duas horas antes numa concentração no largo Camões, por mais de uma centena de manifestantes. Professores e cientistas empreenderam depois uma marcha para a residência oficial de António Costa, o Palácio de S. Bento.

Na residência oficial, o texto foi entregue por uma delegação de representantes das entidades organizadoras do protesto, que foi recebida por um assessor de António Costa. À saída, em jeito de desabafo, Sandra Duarte, presidente da Associação de Bolseiros de Investigação Cientifica (ABIC), uma das entidades que promoveu o protesto, disse que o compromisso assumido foi zero, encenando o gesto com as mãos.

A resolução pede “o direito de acesso ao emprego estável para milhares” de professores, investigadores, não docentes e bolseiros, que “estão a satisfazer necessidades permanentes” em instituições científicas e universitárias. O protesto foi convocado pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), ABIC, Rede de Investigadores contra a Precariedade e Federação de Sindicatos da Função Pública. Enquanto esperavam pela delegação que entregou a texto da resolução, alguns cientistas improvisaram uma tribuna pública perto de S. Bento onde pediram a “justa aplicação” do programa do Estado de regularização de vínculos laborais precários, assinalando que trabalham há mais de dez anos nas universidades, para as quais dizem ter contribuído para a subida dos seus ‘rankings’ internacionais.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR