O presidente do PSD é a favor da eutanásia e pessoalmente contra a realização de um referendo sobre o assunto. O presidente do PSD respondia aos jornalistas esta sexta-feira horas depois do seu líder parlamentar, Fernando Negrão, ter admitido a hipótese de haver um referendo à Eutanásia, em entrevista à Antena 1. Rui Rio diz que é sua “convicção há muitos anos que as pessoas devem ter essa liberdade“, embora defenda que é preciso “legislar com muito cuidado”. Para o líder da oposição a Eutanásia “não é matéria de referendo”, mas garante dar “total liberdade aos deputados” e admite que o partido possa ter uma posição diferente da sua: “Se a maioria no partido decidir que se deve fazer referendo, não me caem os parentes na lama“.

O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, tinha dito, também esta sexta-feira, que os deputados devem “refletir sobre a possibilidade de um referendo para dar aos portugueses o conjunto das soluções que existem” e lembrou que “já existem instrumentos que protegem o cidadão”, como o Testamento Vital, qué “pouco conhecido dos portugueses”.

Negrão defende referendo à eutanásia

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No final de uma intervenção na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), Rui Rio falou ainda sobre a polémica de Fernando Negrão não ter discursado na despedida de Luís Montenegro no Parlamento. Ou melhor, recusou-se a falar: “Sou líder do PSD para as coisas importantes. Não vou andar aqui em cada esquina a comentar aspetos que são completamente laterais, que não correspondem aos interesses dos portugueses.”

Rui Rio recusou-se ainda a esclarecer se foi convidado para o jantar de despedida de Luís Montenegro na quarta-feira à noite, dizendo que “não tem relevo” estar a dizer se foi ou não convidado e que os portugueses não estão minimamente preocupados com o assunto.

O presidente do PSD falou ainda sobre a mudança de género, dizendo que a “posição do PSD” é que não apoia essa mudança sem a existência de um “relatório médico”.