A Rússia advertiu esta segunda-feira para “graves consequências” em caso de ataques aéreos ocidentais na Síria, depois de um alegado ataque químico em Douma, que matou pelo menos 40 pessoas, cuja existência Moscovo nega.

“Pedimos aos ocidentais que desistam da retórica de guerra”, disse Vassily Nebenzia, embaixador russo, no início da reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas para abordar o ataque em Douma. Vassily Nebenzia referiu que “não existiu ataque químico” em Douma no sábado, falando sobre “falta de provas”.

Segundo a organização não-governamental “Capacetes Brancos”, dedicada ao resgate de vítimas das zonas sob controlo dos rebeldes, o alegado ataque químico contra Douma, o último bastião rebelde em Ghouta oriental, nos arredores de Damasco, foi conduzido pelas forças do regime do Presidente Bashar al-Assad, que é um aliado próximo da Rússia.

O ataque matou pelo menos 40 pessoas, entre as quais várias crianças, e afetou outras centenas em Douma.

A Síria culpou, entretanto, Israel por um ataque com mísseis contra uma base aérea de Homs (centro), realizado nesta madrugada, que matou 14 pessoas, incluindo três iranianos. O ataque contra Douma ocorreu dias depois de Trump ter reiterado a sua disposição para deixar a Síria.

A Síria, que entrou no oitavo ano de guerra, vive um drama humanitário perante um conflito que já fez pelo menos 511 mil mortos, incluindo 350 mil civis, e milhões de deslocados e refugiados.

Desencadeado em março de 2011 pela violenta repressão do regime de Bashar al-Assad de manifestações pacíficas, o conflito na Síria ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos ‘jihadistas’, e várias frentes de combate.

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