A Organização para a proibição das armas químicas (OPAQ) vai reunir-se na segunda-feira para discutir o presumível ataque químico em Douma, na Síria, anunciou esta quinta-feira a organização com sede em Haia. O presidente do conselho executivo da OPAC “pediu uma reunião (…) para discutir o presumível uso de armas químicas na Síria”, indica a organização num comunicado publicado na sua página da internet.
Fontes diplomáticas confirmaram à agência France-Presse que as discussões serão centradas em Douma, o último bastião rebelde na região de Ghouta oriental, arredores de Damasco, onde, segundo socorristas locais, um ataque químico no sábado provocou 40 mortos. A OPAQ anunciou esta semana a deslocação de uma equipa a Douma para tentar esclarecer os factos.
A embaixada russa na Holanda reagiu a esta informação, através do Twitter: “Já é tempo de abandonar os discursos militaristas provenientes de certas capitais e regressar a uma resolução diplomática da situação”. A Rússia, aliada do regime sírio, comprometeu-se em garantir a segurança da missão da OPAQ no terreno.
EC session of @OPCW on Syria ???????? to be held next Monday. It is high time to drop militaristic speeches we hear from some capitals and to return to diplomatic settlement of the situation. pic.twitter.com/KKne44aguS
— Russian Embassy in NL???????????????? (@rusembassynl) April 11, 2018
Em Londres, a embaixada russa difundiu através do Twitter a foto de um veículo blindado que declara pertencer à “polícia militar russa” e que entrava neste dia em Douma. “Vão assegurar a ordem e a distribuição de ajuda e estão preparados para permitir que a OPAQ cumpra a sua missão”, assinala o texto.
Russian military police enters Douma, East Ghouta, from Thursday 12 April. They will secure order and aid distribution, ready to ensure work of OPCW mission pic.twitter.com/rjehhgdrcB
— Russian Embassy, UK (@RussianEmbassy) April 11, 2018
Fundada em 1997, a OPAQ monitoriza a aplicação da Convenção sobre a proibição de armas químicas destinada a eliminar este tipo de armamento à escala mundial. A organização congrega 192 Estados-membros, perto de 98% da população mundial.