Dezasseis pessoas foram detidas, entre elas um elemento da GNR, um da PSP e outro da Autoridade Tributária, por suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influências, acesso ilegítimo e abuso de poder, numa operação que decorre na zona Oeste de Lisboa.
Segundo uma informação colocada na página na Internet da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, às 16 pessoas detidas na terça e quarta-feira juntam-se mais quatro detidas em outubro, entre os quais um militar da GNR, que estão em prisão preventiva por suspeitas de tráfico de droga.
Os principais detidos da investigação estão indiciados por associação criminosa, corrupção ativa, exploração ilícita de jogo, jogo fraudulento, usura para jogo, falsificação de documento, falsas declarações agravadas, crimes de material de jogo, favorecimento pessoal, fraude fiscal, burla tributária agravada, branqueamento de capitais, tráfico de influências.
Foram realizadas oito buscas domiciliárias, 33 não domiciliárias, das quais oito a estabelecimentos comerciais, dois em escritórios de contabilidade e vários mandados de pesquisa informática, a maioria das quais em Mem Martins, Sintra.
Segundo o MP, entre março de 2016 e outubro de 2017, em conjunção de esforços, os arguidos dedicavam-se ao tráfico de droga, usando “a experiência de investigação criminal de um militar da GNR para evitar e iludir a obtenção de prova.
A investigação concluiu que a atividade criminosa dos detidos “só foi possível mediante a colaboração de elementos de forças de segurança e outras entidades que encobriam e auxiliavam a atividade desenvolvida, mediante a prestação de informações confidenciais a que tinham acesso no exercício das suas profissões”.
No decurso das buscas, indica o comunicado, foram encerrados três estabelecimentos comerciais, bloqueadas cerca de 90 contas bancárias e apreendidos imóveis, nove viaturas, cerca de 85 mil euros, documentação, máquinas de jogos ilegal e quatro armas de fogo, entre outros artigos. Os detidos serão sujeitos a primeiro interrogatório judicial na quinta-feira.