O ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, considerou esta quinta-feira “simbólico” e uma “notícia positiva” que, pela primeira vez em dez anos, o número de desempregados inscritos no IEFP tenha ficado abaixo 400 mil. “É uma notícia positiva. Nós de facto temos vivido, felizmente, nos últimos anos, momentos em que ultrapassámos barreiras que são relevantes, quanto mais não seja do ponto de vista simbólico”, disse esta quinta-feira em Castelo Branco, à margem da visita que fez à terceira edição da Feira de Economia Social IN.
Vieira da Silva reagia assim à informação divulgada esta quinta-feira pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) de que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego baixou 16,6% em março, face a igual mês de 2017, para 393.335 pessoas, caindo 2,8% face ao mês anterior. De acordo com os dados disponíveis na página do IEFP, para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2017, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para os homens (menos 19,1%), os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos (menos 15,6%), os inscritos há um ano ou mais (menos 17,4%), os que procuravam novo emprego (menos 16,3%) e os que possuem como habilitação escolar o ensino secundário (menos 15,3%).
De acordo com a série longa do instituto, é preciso recuar a agosto de 2008 para encontrar um valor mais baixo do que aquele que foi apurado em março deste ano. Questionado sobre estes dados, o governante admitiu que pode não ser muito diferente haver uma grande diferença entre existirem 405 mil ou 393 mil desempregados inscritos, mas ressalvou o “valor simbólico” de se ter conseguido ficar abaixo de uma barreira que tinha sido ultrapassada de forma negativa há uma década.
O governante salientou ainda que este resultado também representa uma “garantia de continuidade” e de “sustentabilidade de um processo muito positivo” ao nível da criação de emprego e da diminuição de desempregados, caminho que considera que tem de continuar a ser seguido. “Só podemos esperar e trabalhar para que esse caminho se continue a aprofundar porque essa é talvez uma das melhores notícias para a sociedade portuguesa”, acrescentou.