A investigação levada a cabo por duas jornalistas do americano New York Times e que revelou o alegado assédio sexual por parte do produtor Harvey Weinstein — e que gerou o movimento #MeToo, onde várias celebridades da indústria do cinema partilharam as suas histórias de assédio, vai tornar-se um filme.

O filme ainda não tem título e ainda não foi revelado quem vai realizar, avança o The Guardian, mas a história vai basear-se na investigação das jornalistas Kodi Kantor e Megan Twohey, premiadas com o prémio Pulitzer, a maior distinção no jornalismo, e que confessaram ter sido ameaçadas e intimidadas para não revelar a história de Weinstein, um dos nomes mais poderosos e influentes em Hollywood — pelo menos até há pouco tempo.

No fim do ano passado, depois de tornada pública a investigação que ditou a “queda” de Harvey Weinstein, com dezenas de mulheres a acusar o realizador de comportamentos de conduta inapropriada, seguiram-se outros nomes acusados, como o irmão de Weinstein, Bob Weinstein, o ator Ben Affleck, o realizador James Toback, o diretor da Amazon Studios, Roy Prince, ou mesmo o ator James Franco.

Harvey Weinstein, de colosso de Hollywood a violador

E a verdade é que, depois de todas as revelações, Hollywood mudou. O filme que vai ser realizado não se foca tanto ou só na história de Weinstein nem nas mulheres que o acusam, mas sim nos últimos meses da indústria do cinema. A produção do filme vai ficar a cargo da empresa de Brad Pitt, a Plan B, que já produziu ou co-produziu filmes como “12 Anos Escravo”, “Moonlight”, “Moneyball” ou “Entre Inimigos”. Ao mesmo tempo, as primeiras informações confirmam que filmes como “O Caso Spotlight” ou “Os Homens do Presidente”, também baseados em investigações jornalísticas, vão servir de inspiração para esta nova longa metragem.

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