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Soão: é esta a nova taberna asiática de Lisboa

Este artigo tem mais de 5 anos

Há muito para descobrir neste novo restaurante com um menu vindo do Oriente. Só tem de escolher se põe a mesa no balcão interactivo ou nas salas privadas. Fica tudo em Alvalade.

6 fotos

“Vá para fora cá dentro”, afirmava uma famosa campanha publicitária que apelava a que os portugueses passassem as suas férias em Portugal, a descobrir coisas novas, em vez de ir ao estrangeiro. Hoje, o mesmo slogan pode perfeitamente ser aplicado ao Soão, novo restaurante asiático que abre portas esta quinta-feira, 26 de abril, embora com um ligeiro twist: vai poder conhecer muito da gastronomia e cultura dos países do oriente sem ter de apanhar um avião. Uma simples viagem de carro ou de transportes que o leve ao bairro de Alvalade, em Lisboa, bastará para provar aquilo que de melhor se cozinha nesses lados do planeta.

O mais recente projeto do Grupo Sea Me (donos do restaurante homónimo, na zona do Chiado, e da cadeia O Prego da Peixaria) pretende oferecer uma experiência asiática “completa” nos dois pisos que compõem esta novidade. António Querido, um dos responsáveis do grupo empresarial, recebeu o Observador e mostrou todos os cantos desta casa onde países como China, Japão, Tailândia, Índia, Vietname e Coreia coabitam em harmonia.

“Quisemos criar três experiências nestes dois pisos do Soão”, explica António. Começando pelo primeiro andar — onde ainda muitos pormenores se ultimavam –, o responsável destaca primeiro a zona de balcão:

“A ideia é recriar aquilo que acontece em alguns restaurantes japoneses, onde o cliente senta-se e escolhe o que quer comer apartir daquilo que vê à sua frente”.

Por outras palavras, o que acontece neste extenso bloco de madeira é em tudo parecido ao que aconteceria numa normal banca de mercado: o cliente senta-se e à sua frente estão expostos vários tipos de alimentos. Há um tanque para marisco desenhado por Fernando Ribeiro, o homem que fez o Oceanário de Lisboa, uma zona de peixe fresco, outra de vegetais e finalmente uma de carnes. E pode escolher como bem entender. Depois de o fazer, o chef Luís Cardoso coloca-os numa robata (grelhador a carvão japonês) e devolve-os já cozinhados.

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Pormenor das mesas no primeiro andar do Soão. ©Paulo Barata.

Nas costas de quem estiver sentado ao balcão mora outra das “experiências” que se pode viver neste Soão. “Se existisse o conceito de taberna na Ásia, ele seria algo deste género”, conta António. Ora o que se vê é uma zona com várias pequenas mesas e cadeiras “emolduradas” por pormenores decorativos como estatuetas, chapéus, almofadas e uma espécie de barricas onde o sake costuma estagiar. Ambas estas realidades do primeiro andar são assumidamente mais “barulhentas” e “enérgicas”, clima recriado com o fuzué das ruas e dos mercados asiáticos. O que se passa no andar de baixo, porém, não poderia ser mais diferente.

Iluminada por um neón vermelho que diz “Sake is a drink best served HOT” fica a escadaria que nos leva para um cenário completamente diferente. “Aqui quisemos recriar um beco ou uma viela asiática, mas num registo mais subtil, traquilo”, conta o anfitrião. Embrulhadas numa complexa estrutura de madeira — feita à mão pelo artesão Souto especialmente para o restaurante — encontram-se quatro salas privadas (kimono, bambu, veludo e seda) criadas com o imaginário das antigas casas de ópio em mente. “Procurámos um estilo de luxo meio decadente”, clama António enquanto nos encaminha para outra secção desta área: o bar.

“Este é o Vasco Martins, o responsável pela cocktelaria do grupo e barman do Soão.” O homem de cabelo lustroso e penteado para trás trata de grande parte das bebidas que aqui são servidas (com excepção dos chás, que nasceram de uma parceria com a Companhia Portugueza do Chá). Depois de vários meses de pesquisa, Vasco conseguiu criar uma lista de drinques, destilados e refrescos onde praticmente não existe nada que não venha do lado de lá do planeta. “Não temos cervejas portuguesas, whiskeys escoceses ou ingleses…”, explica o barman. “É tudo asiático, dos whiskeys taiwaneses ou indianos às cervejas artesanais japonesas [nova parceria externa, desta vez com a Cerveteca]”, termina.

O Pad Thai que aqui é servido chega à mesa com esta espécie de capa feita de ovo. A ideia é misturar tudo antes de começar a comer. ©Diogo Lopes/Observador

Já sentados numa das salas privadas — a única que tem conexão com a do lado, aumentando a lotação de seis para 14 pessoas — começou o desfile de alguns dos pratos que aqui se pode encontrar. Ambos os andares partilham a mesma carta, se bem que só no andar inferior é possível degustar o “Expresso do Oriente” (85€ por pessoa), uma espécie de menu de degustação que inclui seis pratos e uns quantos snacks surpresa, confecionados pelo chef Luís Cardoso com os melhores produtos do dia.

No dia da visita do Observador, a refeição começou com uma tempura de choco servida como amuse bouche. Antes desse pequeno prato chegar, porém, foram apresentados alguns dos cocktails da carta de bebidas: o Osakini, uma reinterpretação do clássico Bellini feita com choya (espécie de licor de ameixa japonês), que custa 9,50€, e o “interativo” Sojito, uma versão do famoso mojito que leva soju (destilado coreano), menta, angustura, lima assim como um mix de xaropes de açúcar — e é terminado na mesa pelo próprio cliente (custa 9,50€).

A primeira entrada foi um prato simples, um sashimi de dourada, prato variável (é feito com “o peixe do dia”) mas que está sempre presente no tal “Expresso do Oriente”. A ele seguiu-se o Cha Muc, umas gulosas tostas de choco com maionese, ovas de bacalhau e sumo de yuzu (8,50€), que abriram (ainda mais) o apetite para os Gua Bao que se seguiram. Este prato é uma espécie de sanduíche feita com pão caseiro, cozido a vapor, que é recheado com lâminas de barriga de porco, cenoura, amendoíns, pepino, molho de feijão preto e coentros (custa 7,50€).

A iguaria que se seguiu “veio” da Tailândia é já é um clássico incontornável: o Pad Thai (16€, dose divisível por duas/três pessoas), mistura de massa de arroz com ovo, camarão, frango, cebolo, amendoim, rebentos de soja e tamarindo. A entrada nas sobremesas deu-se com o bolo de caril (6,50€) e terminou com a deliciosa chamuça de chocolate e côco, um clássico instantâneo que custa 6,50€ (cada dose tem duas chamuças). No final? Café, claro, mas obviamente não se trata do clássico expresso (apesar dele também estar disponível). Foram servidos dois tipos do chamado slow coffee, um feito em Chemex e o outro V6. Agora faça como diz o outro: oriente-se.

Nome: Soão
Morada: Avenida de Roma, 100, Alvalade, Lisboa
Horário: Das 12h30 às 15h30 e das 19h30 às 23h00; sexta-feira das 12h30 às 15h30 e das 19h30 às 00h00; sábado das 12h30 às 00h00; domingo das 12h30 às 23h00
Contacto: 210 534 499 (reservas também em reservas@soao.pt)
Preço médio: 25 euros por pessoa

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