O banco moçambicano Millennium Bim é a única entidade financeira lusófona nomeada para os prémios “African Banker Awards”, que vão ser entregues no âmbito dos Encontros Anuais do Banco Africano de Desenvolvimento, em Busan, Coreia do Sul.

De acordo com a lista divulgada, o banco moçambicano concorre na categoria de Melhor Banco de Retalho, juntamente com o Barclays, da Zâmbia, o Ecobank, do Togo, a SBM Holdings, das Ilhas Maurícias e o KCB, do Quénia.

Os prémios são organizados anualmente pela revista African Banker e este ano destacam-se os bancos Ecobank, Standard Bank e Standard Chartered, que figuram em várias categorias.

A entrega dos galardões decorre em 22 de maio.

“O mercado bancário africano está entre os mais excitantes a nível mundial”, comentou o presidente do Comité dos Prémios, Omar Ben Yedder, que é também o ‘publisher’ e diretor do Grupo de Publicações IC.

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“Os mercados bolsistas foram um pouco mais lentos em 2017, mas vimos algumas transações interessantes do lado da dívida e também o financiamento de infraestruturas transformadoras”, acrescentou o responsável.

Os prémios são atribuídos com o Alto Patrocínio do Banco de Desenvolvimento Africano e são patrocinados pelo Fundo de Garantia Africano, o Banco Nacional de Investimento, o grupo Crédito Agrícola de Marrocos e o Banco da Indústria.

O banco moçambicano Millennium Bim, um dos principais do país, registou um resultado líquido positivo de 5,5 mil milhões de meticais (74 milhões de euros) em 2017, um crescimento anual de 23,6%, de acordo com o relatório da instituição sobre o ano passado.

O BCI e o Millennium Bim, ambos controlados por capital português, dominam o sistema bancário moçambicano, segundo a análise de ativos, empréstimos, depósitos e lucros que consta da “Pesquisa sobre o setor bancário” elaborada pela firma KPMG para a Associação Moçambicana de Bancos.

Os dois concentram mais de metade dos ativos de 16 bancos comerciais incluídos no documento: o BCI tem 29%, enquanto o Millennium Bim tem 27%.