O grupo automóvel Volkswagen estuda reclamar uma indemnização multimilionária ao seu ex-presidente Martin Winterkorn pelos danos provocados pelo escândalo da manipulação de dados dos motores diesel, avança hoje a edição de um jornal alemão.

De acordo com o jornal Frankfurter Allgemeine, após as acusações do tribunal europeu contra o máximo responsável do grupo, Winterkorn poderá ficar na ruína, uma vez que a reclamação de indemnização poderá ascender a uma quantia multimilionária.

A Volkswagen está envolvida desde 2015 num vasto escândalo que envolve a manipulação de emissões poluentes de veículos com motores ‘diesel’, um caso que custou cerca de 25 mil milhões de euros ao construtor em processos na justiça e reparação de viaturas.

O grupo reconheceu que equipou 11 milhões dos seus veículos ‘diesel’ com ‘software’ que falsificava os resultados dos testes de poluição e ocultava as emissões de óxidos de nitrogénio superiores a 40 vezes os padrões permitidos.

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Na altura em que o caso foi conhecido, o grupo era dirigido por Martin Winterkorn, de 70 anos, que acabou por sair, sendo substituído pelo antigo chefe da Porsche Matthias Müller. Este tem contrato até fevereiro de 2020.

Um tribunal de Michigan fez também já uma acusação formal contra a Winterkorn por conspiração e fraude eletrónica em relação ao prolongado plano da Volkswagen “para burlar os requisitos de emissões de veículos ‘diesel’ nos Estados Unidos”.

De acordo com o texto da acusação, Winterkorn foi o responsável direto por autorizar os funcionários do grupo automóvel a enganar as autoridade norte-americanas sobre as emissões reais dos seus motores ‘diesel’.

Estas investigações decorrem em paralelo às iniciadas também na Alemanha sobre o caso.