Mais de 91.000 proprietários de veículos equipados com motores diesel do Grupo Volkswagen recorreram aos tribunais do Reino Unido e Gales para serem compensados pela utilização de software fraudulento nos seus veículos. O grupo alemão optou por chegar a acordo antes de o assunto ser dirimido pelo juiz, pagando 193 milhões de libras, cerca de 227 milhões de euros.

O recurso a software fraudulento foi admitido pelo Grupo VW em 2015, que assumiu tê-lo instalado em 11 milhões de veículos, um pouco por todo o globo, como forma de reduzir as emissões de óxidos de azoto (NOx) de forma artificial, ou seja, sempre que o sistema detectava que o veículo estava a ser testado. Em condições normais de utilização, o veículo emitiria um valor muito superior de NOx, incrementando as emissões poluentes que lançava na atmosfera.

O motor alvo dos queixosos britânicos foi o EA189, o popular TDI utilizado pela maioria dos modelos do grupo, independentemente deste não ser a única unidade motriz a tirar partido do software ilegal. Os queixosos recorreram a advogados das empresas Leigh Day e PGMBM, mas a maioria confiou nos serviços do escritório Slater & Gordon, dirigido por David Whitmore, que se congratulou com o acordo alcançado: “Durante cinco anos, proporcionámos os nossos serviços a cerca de 70.000 queixosos e o acordo assinado evita um processo lento e dispendioso, que muito nos agradou ter atingido fruto desta acção colectiva.”

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