A limpeza no Pinhal de Leiria ainda está por fazer. Sete meses depois do incêndio que consumiu 9.500 hectares daquela zona, a presidente da Câmara da Marinha Grande mostra-se preocupada com o atraso na limpeza das zonas não ardidas, avança a TSF. A burocracia está a atrasar as medidas preventivas no terreno.

Cidália Ferreira afirma que, a esta altura, gostaria “de ter visto toda a parte da limpeza das matas feita”. A autarca reclama reforços para os serviços locais do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), numa altura em que o verão está cada vez mais próximo. Ao Governo tem vindo a pedir “meios financeiros e meios humanos” para preservar aquilo que resta do Pinhal do Rei e aguarda “que seja cumprido”.

Em falta está também uma faixa de proteção à maior zona do concelho, um procedimento que está “dentro desse plano de toda a mata nacional” que o ICNF pretende resolver “até ao final de maio”, diz a presidente. Relativamente aos atrasos na limpeza de matas, a autarca diz que há sempre questões que atrasam o processo, nomeada mente a “queda de concursos, novo concurso e concursos uns atrás dos outros”.

Não é apenas Cidália Ferreira que denuncia a situação na zona de Leiria. Também o vereador da oposição, Aurélio Ferreira, o faz numa carta aberta ao presidente do ICNF, com conhecimento do primeiro-ministro e do Presidente da República.

O incêndio de 17 e 18 de outubro poupou apenas 1.500 hectares do Pinhal do Rei, cerca de 14% do seu total.

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