O Presidente da República, o governo e o líder da oposição estão a “remar no mesmo sentido” no que diz respeito aos fundos de coesão e da política agrícola comum. Face a uma proposta de corte dos fundos para Portugal, Marcelo diz que existe no país uma “convergência” de opinião sobre os problemas que este corte dos fundos pode causar.
No dia em que Angela Merkel terminou a visita a Portugal (Braga, Porto e Lisboa), Marcelo Rebelo de Sousa comentou que “as pessoas perceberam, certamente, pelo que disse o sr. primeiro-ministro, que o Presidente da República, o primeiro-ministro e o líder da oposição, que também falou em público, estão a convergir na defesa dos fundos europeus (coesão e política agrícola comum), para Portugal mas não só a pensar em Portugal mas, também, no que é bom para a Europa”.
Marcelo diz que é do interesse de todos haver uma “Europa coesa”: “uma Europa onde não haja muitas desigualdades é uma Europa mais forte”.
Perante o que é, por sinal, o derrube iminente do governo de Mariano Rajoy e, por outro lado, o impasse político em Itália, Marcelo pede cuidado para que não se tomem decisões “que venham a perturbar os mercados financeiros, que venham fazer subir as taxas de juro e criar problemas nos orçamentos, na pior altura que é a altura em que se tem de tomar decisões sobre o futuro da Europa e, dentro dele, ao futuro financeiro da Europa”.
As declarações, transmitidas pelas televisões, foram feitas a um conjunto de jornalistas em Monção, um concelho que Marcelo quis visitar para “pagar uma dívida” que lhe “pesava na consciência” relacionada com os incêndios de meados de outubro, uma tragédia a propósito da qual Marcelo diz que “se está a trabalhar de forma positiva para evitar que se repita”.
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O que Marcelo Rebelo de Sousa não quis comentar, mais uma vez, foi o efeito da subida dos preços dos combustíveis. “Não comento, porque são situações de política concreta sobretudo porque estão em discussão entre as entidades competentes e os interessados, portanto não vou comentar”.