O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sinalizou este domingo, no Dia de Portugal, que o país prefere a “paciência dos acordos, mesmo se difíceis”, à “volúpia das rupturas, mesmo se tentadoras”.
Numa intervenção curta, de cerca de cinco minutos, o chefe de Estado elogiou a diáspora portuguesa e o “abraço” que Portugal dá “a quem chega, migrantes ou refugiados”, e a cultura de “pontes, diálogos, entendimentos”.
“Preferimos a paciência dos acordos, mesmo se difíceis, à volúpia das rupturas, mesmo se tentadoras. O multilateralismo realista ao unilateralismo revivalista”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, falando em Ponta Delgada, nos Açores, nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, teceu ainda elogios aos “muitos Portugais” que garantem “riqueza” ao país e frisou que não pode ser tolerada discriminação nesta diversidade identitária.
O chefe de Estado valorizou “um só Portugal” que existe, mas que é “feito de muitos Portugais, que podem e devem ser diversos”. “Não toleraremos que [os vários Portugais] sejam discriminados naquilo que de essencial assinala o estatuto da nossa cidadania cívica, económica, social e cultural”, sublinhou.
As comemorações do Dia de Portugal, que se iniciaram no sábado, continuam hoje em Ponta Delgada, nos Açores, estendendo-se a Boston e Providence, nos Estados Unidos da América, ao final do dia.
A habitual Cerimónia Militar, que decorreu no centro da maior cidade açoriana, contou com a participação de mais de mil militares dos três ramos das Forças Armadas.
O Presidente da República e o primeiro-ministro, António Costa, partem esta tarde para os Estados Unidos da América.