O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, disse esta segunda-feira esperar que a cimeira que junta os presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte seja “um marco histórico no caminho para a paz”.

“A cimeira entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, que o mundo tem estado a desejar, celebra-se amanhã [terça-feira] depois de uma longa espera”, disse o líder sul-coreano numa mensagem aos seus colaboradores, na qual disse desejar que surja um “acordo significativo” que seja “um marco histórico no caminho para a paz“.

Segundo o gabinete de imprensa do Presidente, que divulgou a mensagem, Moon Jae-in destacou a “sinceridade e determinação” dos dois líderes, mas ressalvou que as divergências entre os dois líderes dificilmente serão ultrapassadas numa só reunião.

Mesmo que ambos iniciem o diálogo, podemos precisar de um longo processo que levará um ano, dois anos ou talvez mais para resolver completamente os problemas que nos ocupam”, disse o Presidente da Coreia do Sul, que teve um papel determinante no encontro entre Trump e o líder norte-coreano.

Nesse sentido, concluiu que é preciso “pensar a longo prazo” e sublinhou que para um processo com sucesso é preciso um “esforço sincero” não só das duas Coreias e dos Estados Unidos, mas também a “contínua cooperação” dos países vizinhos, como a China, Rússia e Japão, nações que participaram em anteriores negociações sobre a desnuclearização da península.

A cimeira entre Trump e Kim, terça-feira em Singapura, tem como objetivo debater a desnuclearização do regime norte-coreano e vai ser a primeira entre os líderes dos dois países depois de quase 70 anos de confrontos políticos no seguimento da Guerra da Coreia e de 25 anos de tensão sobre o programa nuclear do país asiático.

Este encontro histórico ocorre depois de, em 2017, as tensões terem atingido níveis inéditos desde o fim da Guerra da Coreia (1950-53), face aos sucessivos testes nucleares de Pyongyang e à retórica beligerante de Washington. A cimeira deve começar às 09h00 de terça-feira (02:00 em Lisboa), no hotel Capella de Singapura, e resulta de uma corrida contra o tempo — com uma frenética atividade diplomática em Washington, Singapura, Pyongyang e na fronteira entre as duas Coreias –, em que houve anúncios, ameaças, cancelamentos e retratações surpreendentes.

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