O ministro da Economia afirmou na quarta-feira que, na sequência da abertura da unidade de formação para Android da Google em Portugal, outras empresas do ecossistema desta tecnológica norte-americana podem também decidir fixar-se no país.

Manuel Caldeira Cabral falava aos jornalistas horas depois de o vice-presidente da Google, Kent Walker, na presença do primeiro-ministro, António Costa, ter anunciado a abertura em Portugal de uma unidade piloto para formação e desenvolvimento de aplicações para o sistema operativo Android, sendo até ao final deste ano aberto um concurso internacional para mil vagas.

Manuel Caldeira Cabral começou por referir que a Google começou por assumir a criação de cerca de 500 postos de trabalho no país e que agora “avançou para o investimento na formação de quadros em Portugal para a parte das aplicações para Android — um segmento que está a crescer muito como ramo de negócio”.

Com esta linha, a Google está a atrair outras empresas que fazem parte do ecossistema e que trabalham com a Google. Estas 1000 pessoas que vão ser formadas pela Google — para ficarem como programadores em aplicações para Android — irão reforçar quer a própria Google, quer as empresas do universo desta multinacional norte-americana. Há empresas desse universo que neste momento estão a olhar para Portugal para se fixarem”, declarou o titular da pasta da Economia.

De acordo com o titular da pasta da Economia, em Portugal “está neste momento a reforçar-se um ecossistema, quer com empresas nacionais já reconhecidas por grandes investidores em projetos tecnológicos, quer com empresas tecnológicas internacionais que já abriram centros de excelência no país”.

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“A afirmação internacional que Portugal fez com as empresas tecnológicas, o trabalho que realizou com as startups está já a dar frutos muito interessantes para a criação de emprego qualificado”, sustentou.

Interrogado sobre onde vai ser dada a formação da Google em produtos Android, Manuel Caldeira Cabral referiu que terá diferentes componentes. “Terá uma parte online, outra que será feita presencialmente. Uma parte poderá ser no Taguspark [Oeiras] e outra em colaboração com instituições portuguesas, nomeadamente universidades e politécnicos”, especificou.

No que respeita à formação feita através de instrumentos online, o ministro da Economia esclareceu que “é a forma como a Google trabalha sempre em termos de formação”. “O mais importante é a certificação que estas pessoas terão em termos de formação, já que ficarão colocadas com uma enorme empregabilidade. As empresas internacionais é isto que procuram. Procuram qualificações viradas para o mercado e que as capacitam para fazer novas soluções”, defendeu Manuel Caldeira Cabral.