O presidente-executivo (CEO) da Audi, Rupert Stadler, foi detido esta segunda-feira na Alemanha, informou um porta-voz da empresa Volkswagen citado pela imprensa internacional. O presidente executivo, de 55 anos, está a ser investigado no chamado caso Dieselgate por suspeita de fraude e declarações falsas e as autoridades já tinham feito buscas na sua casa há cerca de uma semana.
“Confirmamos que Stadler foi detido esta manhã. Está a decorrer a audiência para determinar se ficará preso preventivamente ou não”, disse o porta-voz da empresa Volkswagen, da qual a Audi faz parte, ressalvando que todos têm o direito à presunção de inocência.
Segundo o Ministério Público de Munique, o mandado de detenção baseou-se no perigo de destruição de provas por parte do responsável pela empresa. A Audi é suspeita de ter vendido, pelo menos, 210 mil carros desde 2009 com um software ilegal de controlo de emissões de gases.
Já a 13 de junho, quando foram feitas buscas à casa do CEO da empresa, os investigadores tinham anunciado que Stadler — que chegou à Audi em 2003 — era também um alvo da investigação, havendo suspeitas de fraude e de falsificação indireta de certificações.
A Audi faz parte do Grupo Volkswagen, sobre o qual recaem suspeitas de fraude com as emissões de gases nos carros a diesel que atingiu 11 milhões de carros vendidos em todo o mundo. 28 suspeitos começam a ser julgados em setembro no tribunal de Estugarda.