Centenas de pessoas manifestaram-se esta sexta-feira em Pedras Salgadas, Vila Pouca de Aguiar, contra o fecho do único balcão local da Caixa Geral de Depósitos (CGD), cortando a EN2 com um monte de pedras.

As pedras impediram totalmente a circulação automóvel, tendo no topo uma bandeira espanhola. À volta, os manifestantes rasgavam cadernetas do banco. O monte de granito foi colocado às 9h e permanecia no local pelas 11h30, embora a manifestação terminasse cerca das 11h00.

No âmbito do plano de reestruturação da CGD, o balcão de Pedras Salgadas, que deveria encerrar esta sexta-feira, fechou na quinta-feira, tendo os clientes de se deslocar seis quilómetros até à sede do concelho, em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real. Com este fecho, os clientes ficam ainda sem a única caixa de multibanco.

A manifestação teve como palavras de ordem “Lisboa roubou Pedras Salgadas”, “Se a Caixa sair das Pedras, as Pedras e arredores também sairão da caixa”, “Isto é uma vergonha” ou “Levem tudo”.

Exaltados com esta perda de serviços, os populares, na sua grande maioria idosos, reclamavam a falta de atenção do Governo de António Costa para com o Interior, sublinhando que as políticas para o interior não “passam do papel”.

“Senhor primeiro-ministro, não nos atire areia para os olhos, a culpa é sua” lia-se num cartaz colocado num poste de eletricidade, enquanto Isaura Magalhães, de 82 anos, contava à Lusa que a revolta era “muito grande”. Falando numa reforma de 200 euros, a manifestante questiona como é que vai pagar as deslocações até Vila Pouca de Aguiar.

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