A maioria do trabalho pesado nas fábricas de automóveis há muito que foi passada aos robots e felizmente. Porém, ainda há funções que pela sua natureza repetitiva, pelas cargas envolvidas, por longos períodos de pé no mesmo local e, acima de tudo, por obrigarem a trabalhar com os braços acima da cabeça, provocam um desgaste excessivo nos operários. E, a longo prazo, dores e períodos de baixa médica.

Para minimizar esta situação, a Volkswagen está a recorrer a exoesqueletos robóticos para suportar uma boa parte do esforço, poupando o físico dos funcionários. Não se trata de transformar os trabalhadores em verdadeiros “robocops”, mas tão só de lhes colocar à disposição uma estrutura articulada e assistida, que numa primeira fase facilite as operações realizadas com os braços em posição mais elevada.

O período experimental está a decorrer, tendo sido seleccionada a fábrica de Bratislava, na Eslováquia, onde 30 trabalhadores se voluntariaram para testar o equipamento. Diariamente os novos roboworkers analisam as vantagens e inconvenientes dos exoesqueletos, tanto na forma como ajudam a função, como na limitação de movimentos que implicam. Os dados são depois enviados para o fabricante do exoesqueleto – a Ottobock, empresa alemã especializada em próteses articuladas e robotizadas –, que os actualiza de forma a satisfazer o utilizador.

De acordo com os empregados, o exoesqueleto é fácil de colocar, leve e cumpre a sua função ao reduzir o esforço a que está sujeito o corpo humano de quem executa tarefas em condições menos ergonómicas. A marca alemã desenvolve estudos nesta área desde 2012 e tudo indica que assim que o exoesqueleto da Ottobock esteja completamente desenvolvido, vai ser fornecido a todas as fábricas do grupo, parte da estratégia Indústria 4.0.

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