“Boa pá!”. “Está feito!”. “Isto está arrumado”. Depois da formalização oficial da candidatura “Unir o Sporting”, os membros da lista liderada por Frederico Varandas não escondiam uma sensação entre o orgulho pelo momento e o alívio pela concretização do mesmo, dentro das normais burocracias do ato como os nomes dos proponentes, a validação dos anos como associados e quotas em dia, as assinaturas com pelo menos um total de 1.000 votos (que neste caso duplicaram o valor mínimo exigível) e o programa de ação. Entrega de todas as pastas com os requisitos em papel e formato eletrónico, cumprimentos da praxe com Jaime Marta Soares, líder demissionário da Mesa da Assembleia Geral e estava dado o pontapé de saída para aquela que se espera ser uma maratona até dia 8 de agosto, data limite para apresentação de listas. E de novo com o mesmo protagonista “na frente”.

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“Fomos os primeiros a dar a cara ainda antes da Assembleia Geral destitutiva, fomos os primeiros a apresentar a equipa, somos agora os primeiros a formalizar as listas. Estamos sempre um passo à frente e é assim que queremos chegar ao final”, atirou Frederico Varandas momentos antes de dar entrada no hall VIP de Alvalade com grande parte dos membros das listas que irão a votos, incluindo os outros cabeças de lista Rogério Alves e Joaquim Baltazar Pinto. “Este é o consumar de um projeto muito sólido, com uma equipa que está aqui para servir o Sporting e não para se servir do Sporting, porque em nenhuma das áreas precisa disso. A minha equipa não dá hipóteses a ninguém. Sei que uma minoria gostava que dissesse que iríamos perder a maioria da SAD ou que iríamos desinvestir nas modalidades. Diziam também que José Maria Ricciardi estava por trás desta candidatura… São teorias conspirativas da carochinha mas já ninguém engole isso”, acrescentou sobre o mais recente concorrente pela presidência dos leões, que diz não conhecer e com quem esteve apenas há três anos, “a pedido de Bruno de Carvalho”, para o observar como médico.

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Em paralelo, o antigo responsável clínico verde e branco fez também um resumo da campanha até ao momento, com nota muito positiva. “Tenho-me preocupado não só em falar mas sobretudo em ouvir. Aprende-se muito a ouvir os sócios nestes quase 4.000 quilómetros que já fizemos no Norte, no Sul, no Centro”, destacou, antes de recusar fazer análises sobre os atos de gestão que têm sido tomados pela SAD presidida de forma interina por Sousa Cintra: “O que espero é quatro vitórias do Sporting no Campeonato até à data das eleições, tudo o resto nunca falei e não é agora que vou falar”.

Seguiu-se a entrada no gabinete onde costumam ser formalizadas as listas no hall VIP, onde esperavam dois elementos da Mesa da Assembleia Geral (além de Jaime Marta Soares, marcou também presença o vogal Luís Pereira) e a responsável pelo departamento jurídico, Helena Morais, além de outros elementos dos serviços do clube. A sala, que por si só não é muito grande, tornou-se infinitamente pequena para tanta gente, entre os membros das listas e os jornalistas e repórteres de imagem presentes. Júlio Rendeiro, mandatário da candidatura “Unir o Sporting” e símbolo do ecletismo leonino (ganhou uma Taça dos Campeões Europeus, três Campeonatos e duas Taças de Portugal entre 1971 e 1978) e do próprio desporto nacional (venceu ainda com a Seleção Nacional dois Mundiais e cinco Europeus de hóquei em patins, além de outro Mundial como técnico), falou num “momento simbólico”, ao passo que Frederico Varandas destacou que “para o clube continuar a ser segundo ou terceiro tinha ficado na zona de conforto”, ambicionando que os títulos nas modalidades cheguem também ao futebol. Estava assim fechado aquele que foi o tiro de partida para a primeira corrida eleitoral: a da formalização de candidaturas.

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As listas entregues esta manhã por Frederico Varandas foram as seguintes:

Conselho Diretivo
Presidente: Frederico Varandas
Vice-presidente: Francisco Zenha (Área financeira)
Vice-presidente: Pedro Lancastre (Comercial/marketing)
Vice-presidente: João Sampaio (Área jurídica)
Vice-presidente: Maria Serrano Sancho (Responsabilidade social, inclusão e transparência)
Vice-presidente: Filipe Osório de Castro (Património)
Vogal: Pedro Luciano Silveira (Sócios)
Vogal: Francisco Rodrigues dos Santos (Núcleos)
Vogal: Miguel Afonso (Modalidades)
Vogal: Miguel Nogueira Leite (Relações Institucionais)
Vogal: Rahim Ahamad (Internacionalização)
Suplente: Alexandre Ferreira
Suplente: André Bernardo
Suplente: André Cymbron

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Assembleia Geral
Presidente: Rogério Alves
Vice-presidente: João Palma
Secretário: José Manuel Tomé Carvalho
Secretário: Pedro Almeida Cabral
Secretário: José Costa Pinto
Secretária Suplente: Maria de Lurdes Mealha
Secretário Suplente: Manuel Vinagre
Secretária Suplente: Ana Rita Cunha Calvão

Conselho Fiscal e Disciplinar
Presidente: Joaquim Baltazar Pinto
Vice-presidente: João Teives
Membro efetivo: Pires Mateus
Membro efetivo: José Pedro Fezas Vital
Membro efetivo: Bernardo Foios Simões
Membro efetivo: Pedro do Ó Ramos
Membro efetivo: Pedro Cabral Nunes
Membro suplente: Vasco Matos
Membro suplente: Gabriel Catarino
Membro suplente: Sara Araújo Sequeira