A Polícia Judiciária deteve 19 pessoas suspeitas de atearem incêndios florestais desde o início do ano até esta quinta-feira, um número substancialmente menor do que no mesmo período do ano passado, durante o qual foram detidas 53. Dados da PJ fornecidos à agência Lusa, indicam que das 14 pessoas detidas até 02 de agosto, 13 eram homens, tendo oito ficado em prisão preventiva por decisão do juiz de instrução e uma em prisão domiciliária como medidas de coação.
Comparando os dois períodos de 2017 e 2018, este ano a polícia deteve menos 34 presumíveis incendiários de fogos florestais. As últimas três pessoas detidas pela PJ são um homem suspeito de, intencionalmente, ter provocado um incêndio florestal em Serpa, outro que, na quarta-feira, alegadamente provocou um incêndio florestal em S. Félix da Marinha, Vila Nova de Gaia, e uma mulher sobre a qual recaem fortes indícios de ter provocado, no sábado, um fogo em floresta na zona de Santa Cruz, em Armamar.
Segundo dados da Proteção Civil, entre 28 de julho e terça-feira registaram-se 787 incêndios rurais em Portugal, menos 500 ignições do que em igual período do ano passado, apesar das temperaturas elevadas.
Pela estatística do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, entre 1 de janeiro e 15 de julho foram registados 6.035 incêndios rurais que resultaram em 5.327 hectares de área ardida, entre povoamentos (1.846 ha), matos (3.053 ha) e agricultura (428 ha).
Segundo o ICNF, comparando os valores do ano de 2018 com o histórico dos 10 anos anteriores, assinala-se que se registaram menos 25% de incêndios rurais e menos 76% de área ardida relativamente à média anual do período (quadro 1).