2.975 mortos. É este o novo balanço do Governo de Porto Rico quanto ao número de vítimas mortais do furacão Maria, que atingiu a ilha em setembro de 2017. Trata-se do dobro dos 1.400 mortos avançados no início deste mês e dos 64 que tinham sido contabilizados na altura da tempestade.
O governador Ricardo Rosselló anunciou a criação uma comissão para estudar a resposta na altura da tempestade. “Nunca antecipamos um cenário de zero comunicação, zero energia, zero acesso a estradas”, disse Rosselló, citado pela Fox News. O governador anunciou ainda que vai também ser criado um registo das pessoas mais vulneráveis em Porto Rico, como os idosos, acamados ou pessoas que fazem hemodiálise, para realizar ações de prevenção em futuras tempestades ou furacões.
A nova estimativa surge no decorrer de uma nova investigação, ordenada pelo Governo, feita por especialistas da Faculdade de Saúde Pública do Instituto Milken, na Universidade George Washington.
Em outubro do ano passado, durante uma visita a Porto Rico, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a passagem do furacão Maria não tinha sido “uma verdadeira catástrofe como o furacão Katrina”, e destacou o baixo número de vítimas mortais (na altura, 64 era o número oficial de mortos). No entanto, concluiu-se que o furacão Maria, de categoria quatro, provocou mais mortos que o furacão Katrina, que em 2005 atingiu Nova Orleães, nos Estados Unidos, e causou mais de 1.880 vítimas mortais.
O furacão Maria devastou a rede elétrica do Estado norte-americano e causou uma inundação generalizada, tornando as estradas intransitáveis durante vários meses. Nos últimos três meses de 2017, mais de 80% das famílias não tiveram acesso à rede elétrica.