Pela primeira vez, o governo japonês admitiu que a morte de um trabalhador de uma central nuclear em Fukushima foi causada por exposição a radiação. Após o governo ter negado por várias vezes que a radiação nuclear é uma causa de morte na região, o Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar decidiu em favor da família do trabalhador. O governo nipónico foi assim condenado a compensar os familiares.

O trabalhador da central nuclear de Fukushima Daiichi — que foi afetada morreu na sequência de um cancro no pulmão que lhe foi diagnosticado em 2016. O homem, que tinha cerca de 50 anos, trabalhou durante toda a vida em várias centrais nucleares espalhadas pelo Japão. Desde o acidente nuclear trabalhou pelo menos duas vezes nesta central.

A Tokyo Electronic Power — que explora esta central — enfrenta uma série de processos impostos por pessoas que pedem compensação por doenças desenvolvidas desde o acidente. Até agora, o ministério já tinha admitido que a radiação esteve na origem da doença de quatro trabalhadores, mas esta é a primeira vez em que é assumido que a exposição causou a morte de um trabalhador.

Em 2011, um sismo de magnitude 9.0 na escala de Richter afetou o Japão, sendo atingido de seguido por um tsunami na costa este.  A catástrofe natural matou 18 mil pessoas e causou o maior acidente nuclear desde Chernobyl. Cerca de 160 mil pessoas tiveram de ser evacuadas, mas as consequências para a saúde dos sobreviventes é difícil de mesurar.

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